quarta-feira, 29 de março de 2017

4º Aniversário do Sócio-Torcedor Nação Rubro-Negra: enfim a decolagem!

Em 26 de março de 2017 o Programa Nação Rubro-Negra completou seu quarto ano de existência. Decolagem no embalo da confiança da torcida na qualidade do time, motivada sobretudo a partir da chegada do meia Diego Ribas ao clube, engatando a melhor campanha do Flamengo na história do Campeonato Brasileiro por Pontos Corridos. Os números provam que a estratégia para alavancar o programa envolve a necessidade de investir, responsável e sustentavelmente, para colher o retorno do investimento via aumento de Sócios-Torcedores (STs).


No início a estratégia era a "captação só no amor". Serviu por muito pouco tempo, logo estancou. O programa deu um arranque de motivação com a conquista da Copa do Brasil, mas o crescimento não se sustentou, faltavam incentivos para reter o cliente. A segunda estratégia foi à base de "prêmio por patamar de STs", com a promessa de "se atingir tal patamar, faremos uma contratação de impacto". Foi o discurso à época da contratação de Marcelo Cirino. Não funcionou, o programa continuava "agarrado" à sua curva de crescimento vegetativo. Quando se inverteu a lógica, contratando-se para se ter mais STs, com a badalada aquisição de Paolo Guerrero, o programa viveu seu segundo pico de crescimento. Mas a grande contratação não causou uma bela campanha no Brasileiro, a torcida se desmotivou, e a curva voltou a buscar seu ponto de estado vegetativo. Veio então um time mais competitivo, turbinado pela chegada de Diego, e a curva voltou a ter uma inflexão positiva. Desta vez a campanha foi vitoriosa, e com isso a curva se sustentou em cima, agora alimentada pelo sonho com o título da Libertadores 2017.

Comparando o desempenho histórico com uma curva logarítmica de expansão construída a partir do desempenho na arrancada do programa, antes do primeiro ponto de despegue, que foi o título da Copa do Brasil de 2013, o que se via é que o programa só ensaiava, timidamente, descolamentos do seu estado inercial de expansão. Os dois momentos de descolamento foram: o título da Copa do Brasil e a contratação de Paolo Guerrero. O que isto quer dizer mais adiante do complicado linguajar matemático? Que nenhuma ação rubro-negra, do marketing do clube, vinha conseguindo tirar o programa de um estado vegetativo de "adesões só no amor".


Analisando-se a evolução trimestre a trimestre desde a criação do programa, o que se vê claramente é que não haviam dois trimestres consecutivos tão bons desde os três primeiros trimestres após a criação do Programa Nação Rubro-Negra. Enfim, os sinais de decolagem apareciam, afinal os investimentos mostravam maturidade suficiente para alçar o time de futebol ao patamar dos melhores do futebol brasileiro contemporâneo. Já não era mais um fator novidade, como no início, agora era por um fator maturidade.


Quebrando as adesões de Sócios-Torcedores por períodos de extração e retração, o que se vê é que o período de setembro de 2016 a março de 2017 representou o maior período de expansão contínua do programa desde sua criação. Foram praticamente 35.500 adesões líquidas (entradas menos saídas).


Em 2013, quando foi criado o Programa Futebol Melhor, o Flamengo teve a maior adesão de novos sócios-torcedores do futebol brasileiro. Foram 58,9 mil adesões, contra 53,9 mil do Santos, 47,0 mil do Cruzeiro, 43,7 mil do Corinthians e 35,4 mil do Palmeiras.


Em 2014 foi o "ano perdido". O programa teve retração (saldo negativo). Naquele ano, o Palmeiras teve 29 mil adesões, o Corinthians teve 21,1 mil, o Cruzeiro teve 20,3 mil, o São Paulo 16,9 mil e o Internacional 16,2 mil.


Em 2015 o programa viveu o ano "vai, não vai". Ficou em 5º lugar em adesões, e viu Corinthians (com 70,2 mil adesões líquidas) e Palmeiras (com 62,5 mil adesões líquidas) baterem o recorde rubro-negro de 2013. São Paulo e Sport Recife também tiveram mais adesões que o Flamengo em 2015.   


Em 2016, o programa só arrancou no fim do ano, e ainda assim foi suficiente para deixar o Flamengo com o 4º lugar em adesões líquidas totais no ano, atrás de São Paulo, Grêmio e Atlético Mineiro. Importante notar que foi um quarto lugar que gerou menos adesões do que o 5º lugar do ano anterior, mostrando que o Programa Futebol Melhor, como um todo, perdia vitalidade.


Já a arrancada em 2017 começou forte. No 1º trimestre do ano, o Flamengo aumentos seus STs em 12,9 mil novos adeptos, a segunda maior marca do trimestre, atrás do Botafogo, que cresceu seu programa em 13,1 mil, e bem  frente do 3º colocado, o Atlético Mineiro, com um incremento de 3,5 mil STs. Em três meses, atraiu-se mais STs do que nos inteiros de 2014, 2015 e 2016.

Com isto, podemos afirmar desde já que o 1º trimestre de 2017 alcançou a maior quantidade total de faturas pagas por Sócios-Torcedores desde a criação do programa, com 239 mil faturas acumuladas sendo pagas e caindo nos cofres do clube entre janeiro, fevereiro e março! E superando o último trimestre de 2016, quando já se havia batido o recorde de até então.

  
Fazendo uma projeção em quanto isto representará em termos de receita, enquanto os números oficiais do 4º trimestre de 2016 e do 1º trimestre de 2017 ainda não foram divulgados, o Flamengo gerou, só com o Programa de Sócio-Torcedor Nação Rubro-Negra, uma receita de R$ 7,8 milhões no 4º Tri de 2016, e gerou R$ 8,7 milhões no 1º Tri de 2017, a maior arrecadação trimestral desde a criação do programa. Mantendo este ritmo, o ST poderá vir a gerar cerca de R$ 35 milhões no ano de 2017. Uma importantíssima fonte nova de recursos para os cofres rubro-negros! Mas só uma das peças para o completo e perfeito entendimento a respeito de onde vem o dinheiro do Flamengo.



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