terça-feira, 23 de março de 2021

Status Quo do Futebol Brasileiro: Coronelista, Clientelista, Coercitivo e Autoritário


Rogério Caboclo, o homem que ninguém sabe muito bem de onde saiu, pois nunca foi protagonista no futebol nacional antes de assumir a Presidência da Confederação Brasileira de Futebol - CBF - ainda que tivesse participação interna na política do São Paulo Futebol Clube.


Rogério Caboclo chegou à CBF como homem do grupo política de Marco Polo Del Nero, o ex-presidente da CBF que era caçado pela Interpol e que não colocava um pé fora do país porque seria preso. E o status quo do futebol brasileira aceitou assim, sem questionar muito, sem se horrorizar muito. CBF, Federações e Organizações Globo fechados com o modelo de dominânia. O status quo manda, e os outros tem que obedecer. Os clubes são reféns.


E se havia alguma dúvida, se havia ainda alguma ingênua alma que não conseguia entender, o vídeo ao qual o jornal "O Dia" teve acesso é uma lição de como os laços de clientelismo e coronelismo são a viga-mestra de sustentação do futebol brasileiro.


Nas palavras de Rogério Caboclo no vídeo mencionado:

"As pessoas em casa sob bandeira vermelha, sob bandeira preta… eu não abrirei mão (da continuidade e da não interrupção do futebol no Brasil) a não ser sob doutorado dos senhores de deixar de jogar as competições nacionais e retirar nas internacionais e incorporará as Estaduais… Então, por gentileza, vamos pensar agora: Nós podemos parar o futebol? A Rede Globo não quer. Ninguém quer (parar o futebol). Seus patrocinadores não querem. E se parar sabe quando nós temos a segurança de dizer que a gente pode voltar? Nunca! No dia que o Governador de Mauricio disser que pode. No dia que o Prefeito de São Nunca disser que pode. Eu não vou estar a mercê de nenhum deles. Eu vou... Landim, Galiotte, todos os presidentes... eu vou mandar no futebol brasileiro e vou determinar que vai ter competição e que vocês estão fudidos se não tiver competições".


Após esta coerção explícita e autoritária, a assessoria da CBF enviou a mensagem protocolar sobre a posição da entidade: "A CBF reitera que a defesa da continuidade do futebol foi posição unânime das 27 Federações e dos Clubes participantes de todas as séries do futebol brasileiro, sempre seguindo rígidos protocolos de saúde, conforme detalhado na nota oficial sobre a reunião".



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