sexta-feira, 9 de junho de 2023

Melhores Anos do Flamengo entre 1960 e 1969


Para facilitar a comparação histórica, já que a pontuação do futebol mudou ao longo do tempo, a referência aqui será batizada como "Taxa de Satisfação", a qual nada mais será do que o percentual de aproveitamento com a vitória valendo três pontos.

A comparação não será por Temporada, mas por Ano, ou seja, considerando os jogos disputados de 1º de janeiro a 31 de dezembro. Como muitas vezes foi comum, campeonatos de um ano só vieram a ser terminados no início do ano seguinte; assim há algumas vezes pedaços de campeonato caindo num ano e outro em outro.

Por fim, como critério de comparação, não será utilizado ou considerado a quantidade de títulos conquistados. O único critério de definição do ordenamento é a já citada "Taxa de Satisfação" nos moldes explicados.



MELHORES ANOS


10º LUGAR: 1967
Taxa de Satisfação: 41,5%
Ataque nesse período: 7º lugar
Defesa neste período: 10º lugar

O pior ano nos Anos 1960 foi aquele no qual o time rubro-negro teve sua Pior Defesa neste período, e também tinha um ataque ruim, tão só o 7º entre os desempenhos na Década de 60. Jogou 65 jogos, vencendo apenas 22 vezes, empatando 15 vezes e perdendo incríveis 28 vezes. Fez 102 gols, equivalente a 1,57 por partida, e levou impressionantes 106 gols, equivalente a 1,63 por partida. O Flamengo terminou o ano de 1967 com saldo de gols negativo!

No Campeonato Brasileiro de 1967, o time treinado pelo argentino Armando Renganeschi terminou em 11º lugar, tendo jogado com Marco Aurélio, Murilo, Ditão, Jaime Valente e Paulo Henrique; Carlinhos (Jarbas) e Américo; Pedrinho, Ademar Pantera, Jair Pereira e Rodrigues. Já no Campeonato Carioca de 1967, quando começou a campanha com o paraguaio Modesto Bria como treinador interino, depois substituído pelo experiente Aymoré Moreira, terminou em 4º lugar, atuando com Marco Aurélio, Murilo, Ditão, Jaime Valente e Paulo Henrique; Amorim (Reyes) e Rodrigues Neto; Luiz Carlos Lemos, Dionísio (Fio Maravilha), João Daniel e Zequinha.



9º LUGAR: 1965
Taxa de Satisfação: 53,9%
Ataque nesse período: 10º lugar
Defesa neste período: 2º lugar

Apesar de ter sido um ano no qual conseguiu se sagrar Campeão Carioca, o desempenho agregado não foi nada bom. Em 1965, o time rubro-negro teve o Pior Ataque neste período. Foi salvo por seu sistema defensivo, que acabou sendo o 2º melhor entre os desempenhos na Década de 60. Jogou 68 jogos, vencendo 31 vezes, empatando 17 vezes e perdendo 20 vezes. Fez 91 gols, equivalente a 1,34 por partida, e levou 69 gols, equivalente a 1,01 por partida.

No Torneio Rio-São Paulo de 1965, o time treinado pelo veterano Flávio Costa ainda foi Vice-campeão, uma equipe que jogava com Marcial, Murilo, Luís Carlos Freitas, Ditão e Paulo Henrique; Carlinhos e Fefeu; Amauri, Airton, Paulo Alves e Carlos Alberto (Berico). No Campeonato Carioca de 65 foi campeão. Logo, o desempenho nos dois torneios oficiais do ano foi bem satisfatório. O time era treinado pelo argentino Armando Renganeschi, e atuou com Valdomiro, Murilo, Ditão, Jaime Valente e Paulo Henrique; Carlinhos e Nelsinho; Paulo Alves, Almir, Silva e Rodrigues.



8º LUGAR: 1969
Taxa de Satisfação: 54,0%
Ataque nesse período: 8º lugar
Defesa neste período: 4º lugar

No 8º melhor desempenho do Flamengo nos Anos 1960, o time jogou 66 jogos, vencendo 29 vezes, empatando 20 vezes e perdendo 17 vezes. Fez 96 gols, equivalente a 1,45 por partida, e levou 70 gols, equivalente a 1,06 por partida. Foi outro ano no qual pecou mais ofensiva do que defensivamente.

No Campeonato Carioca de 1969 obteve o 2º lugar, perdendo o título num polêmico Fla-Flu. O time foi treinado por Elba de Pádua Lima, o Tim, e jogava com Dominguez, Murilo, Onça, Guilherme e Paulo Henrique; Liminha, Rodrigues Neto e Doval; Luís Cláudio (Fio Maravilha), Dionísio e Arílson. No Campeonato Brasileiro de 1969, ainda sob o comando de Tim, terminou com um péssimo 16º lugar, jogando com Sidnei, Murilo, Manicera, Tinho e Paulo Henrique; Liminha, Rodrigues Neto e Nei Oliveira (Doval); Bianchini, Dionísio e Arílson.



7º LUGAR: 1968
Taxa de Satisfação: 54,2%
Ataque nesse período: 9º lugar
Defesa neste período: 5º lugar

Neste ano o Flamengo jogou 67 jogos, vencendo 31 vezes, empatando 16 vezes e perdendo 20 vezes. Fez 93 gols, equivalente a 1,39 por partida, e levou 77 gols, equivalente a 1,15 por partida.

No Campeonato Carioca de 1968, treinado por Válter Miraglia, terminou em 3º lugar, jogando com Marco Aurélio, Murilo, Onça, Manicera e Paulo Henrique; Liminha e Carlinhos; Luiz Carlos Lemos, César Lemos, Fio Maravilha (Silva) e Rodrigues Neto. No Campeonato Brasileiro de 68, ainda sob o comando de Válter Miraglia, terminou com um péssimo 14º lugar, atuando com Marco Aurélio, Murilo, Onça, Guilherme e Paulo Henrique; Liminha, Carlinhos e Silva; Fio Maravilha, Dionísio e Rodrigues Neto (Arílson).



6º LUGAR: 1966
Taxa de Satisfação: 54,4%
Ataque nesse período: 6º lugar
Defesa neste período: 8º lugar

Um ano no qual nem ataque nem defesa estiveram entre os melhores da década. Jogou 68 jogos, vencendo 30 vezes, empatando 21 vezes e perdendo 17 vezes. Fez 125 gols, equivalente a 1,84 por partida, e levou apenas 84 gols, equivalente a 1,24 por partida.

No Torneio Rio-São-Paulo o time treinado pelo argentino Armando Renganeschi terminou em 7º lugar, jogando com Valdomiro, Murilo, Ditão, Jaime Valente e Paulo Henrique; Carlinhos e Nelsinho; Evaristo, César Lemos, Silva e Rodrigues. No Campeonato Carioca de 66 foi vice-campeão, perdendo a final para o Bangu. O time treinado ainda por Renganeschi, jogou com Franz, Murilo, Itamar, Jaime Valente e Paulo Henrique; Carlinhos e Nelsinho; Gildo, Almir Pernambuquinho, Silva e Osvaldo Ponte-Aérea.



5º LUGAR: 1962
Taxa de Satisfação: 59,4%
Ataque nesse período: 3º lugar
Defesa neste período: 6º lugar

O Flamengo apresentou uma eficiência em seu sistema ofensivo, mas deixou a desejar na defesa. Jogou 64 jogos, vencendo 35 vezes, empatando 9 vezes e perdendo 20 vezes. Fez 129 gols, equivalente a 2,02 por partida, e levou 78 gols, equivalente a 1,22 por partida.

No Torneio Rio-São Paulo terminou em 4º lugar, treinado pelo veterano Flávio Costa, jogava com Fernando (Ari), Bolero, Vanderlei, Jadir e Jordan; Carlinhos e Nelsinho (Adílson); Joel, Henrique Frade, Dida e Germano. No Campeonato Carioca de 62 terminou em 2º lugar, vice-campeão ao perder a final para o Botafogo de Garrincha. Ainda treinado por Flávio Costa, jogou com Mauro, Joubert, Luís Carlos Freitas (Décio Crespo), Vanderlei e Jordan; Carlinhos e Gérson; Joel, Henrique Frade, Dida e Espanhol.



4º LUGAR: 1960
Taxa de Satisfação: 63,1%
Ataque nesse período: 1º lugar
Defesa neste período: 9º lugar

O time com o melhor ataque da década de 1960, tinha uma defesa bastante frágil. Jogou 74 jogos, vencendo 42 vezes, empatando 14 vezes e perdendo 18 vezes. Fez 156 gols, equivalente a 2,11 por partida, e levou 116 gols, equivalente a 1,57 por partida.

No Torneio Rio-São Paulo foi 5º lugar, treinado pelo paraguaio Modesto Bria, e jogando com Mauro, Bolero, Navarro, Jadir e Jordan; Carlinhos e Moacir; Roberto (Luís Carlos), Henrique Frade, Gérson e Babá. No Campeonato Carioca de 60 terminou em 4º lugar, treinado pelo paraguaio Fleitas Solich, de volta ao clube após passagem pelo Real Madrid, e jogando com Ari, Joubert (Bolero), Monin, Jadir e Jordan; Carlinhos e Moacir; Luís Carlos, Henrique Frade, Gérson (Dida) e Germano.



3º LUGAR: 1961
Taxa de Satisfação: 64,7%
Ataque nesse período: 2º lugar
Defesa neste período: 7º lugar

Um ano especial, no qual o Flamengo foi Campeão do Octogonal Sul-Americano de Verão e na sequência do Torneio Rio-São Paulo, seu único título nesta competição em sua história. Jogou 69 jogos, vencendo 41 vezes, empatando 11 vezes e perdendo 17 vezes. Fez 141 gols, equivalente a 2,04 por partida, e levou apenas 85 gols, equivalente a 1,23 por partida.

Durante todo o ano foi treinado pelo paraguaio Manuel Fleitas Solich. No Torneio Sul-Americano foi campeão jogando com Ari, Bolero, Joubert, Nelinho e Jordan; Carlinhos e Moacir; Othon, Henrique Frade, Gérson e Babá. No Torneio Rio-São Paulo foi o campeão jogando com Ari, Bolero, Joubert, Jadir e Jordan; Carlinhos e Gérson; Joel, Henrique Frade, Dida e Germano. No Campeonato Carioca acabou como 2º lugar, perdendo o título para o Botafogo de Garrincha, quando jogava com Ari, Bolero, Joubert (Ouraci), Jadir e Jordan; Carlinhos e Gérson; Joel, Henrique Frade, Dida e Babá.



2º LUGAR: 1963
Taxa de Satisfação: 65,5%
Ataque nesse período: 4º lugar
Defesa neste período: 3º lugar

Ano no qual foi Campeão Carioca, destacou-se pelo equilíbrio tanto defensivo quanto ofensivo quando comparado aos demais anos daquela década. Foi o 4º melhor ataque rubro-negro entre 1960 e 1969, e a 3ª melhor defesa. Jogou 56 jogos, vencendo 33 vezes, empatando 11 vezes e perdendo 12 vezes no ano. Fez 108 gols, equivalente a 1,93 por partida, e levou 57 gols, equivalente a 1,02 por partida.

No Torneio Rio-São Paulo de 1963, o time treinado por Flávio Costa terminou em 7º lugar, jogando com Mauro (Fernando), Murilo, Joubert, Luís Carlos Freitas e Jordan; Nélson e Gérson; Espanhol, Airton, Dida e Alfredinho. No Campeonato Carioca de 1963 foi o campeão, ainda sob o comando do veterano Flávio Costa, e atuando com Marcial, Murilo, Luís Carlos Freitas, Ananias e Paulo Henrique; Carlinhos e Nelsinho; Espanhol, Dida, Airton e Osvaldo Ponte-Aérea.



1º LUGAR: 1964
Taxa de Satisfação: 66,7%
Ataque nesse período: 5º lugar
Defesa neste período: 1º lugar

O ano no qual teve a Melhor Defesa Rubro-Negra nos Anos 1960! Jogou 69 jogos, vencendo 41 vezes, empatando 15 vezes e perdendo 13 vezes. Fez 128 gols, equivalente a 1,86 por partida, e levou apenas 61 gols, equivalente a 0,97 por partida. Mas terminou a temporada sem levantar um troféu!

Durante todo o ano foi treinado por Flávio Costa. No Torneio Rio-São Paulo terminou em 3º lugar, jogando com Marcial, Joubert (Murilo), Luís Carlos Freitas, Ananias e Paulo Henrique; Carlinhos e Nelsinho; Espanhol, Airton, Paulo Alves e Carlos Alberto. No Campeonato Carioca também foi 3º lugar, jogando com Marcial, Murilo, Ditão, Ananias e Paulo Henrique; Carlinhos e Nelsinho (Nélson); Amauri (Carlos Alberto), Airton, Paulo Alves e Osvaldo Ponte-Aérea. No final do ano ainda participou pela única vez em sua história da Taça Brasil, acabando com o 2º lugar, sendo o vice-campeão ao perder a final para o Santos de Pelé.



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