sábado, 18 de novembro de 2023

Melhores Anos do Flamengo entre 1970 e 1999


Para facilitar a comparação histórica, já que a pontuação do futebol mudou ao longo do tempo, a referência aqui será batizada como "Taxa de Satisfação", a qual nada mais será do que o percentual de aproveitamento com a vitória valendo três pontos.

A comparação não será por Temporada, mas por Ano, ou seja, considerando os jogos disputados de 1º de janeiro a 31 de dezembro. Como muitas vezes foi comum, campeonatos de um ano só vieram a ser terminados no início do ano seguinte; assim há algumas vezes pedaços de campeonato caindo num ano e outro em outro.

Por fim, como critério de comparação, não será utilizado ou considerado a quantidade de títulos conquistados. O único critério de definição do ordenamento é a já citada "Taxa de Satisfação" nos moldes explicados.


MELHORES ANOS

A distribuição por Década destes 10 maiores anos do Flamengo entre 1970 e 1999 ficou assim definida: 5 nos Anos 1970, apenas 4 nos Anos 1980, e 1 nos Anos 1990.



10º LUGAR: 1970
Taxa de Satisfação: 64,1%
Ataque nesse período: 21º lugar
Defesa neste período: 5º lugar

No primeiro dos Anos 1970, o Flamengo apresentou um bom sistema defensivo, mas deixou a desejar em ofensividade. Jogou 64 jogos, vencendo 36 vezes, empatando 15 vezes e perdendo 13 vezes. Fez 106 gols, equivalente a 1,66 por partida, e levou apenas 45 gols, equivalente a 0,70 por partida.

Treinado por Yustrich foi campeão da Taça Guanabara, jogada como torneio avulso, com um time que tinha a Sídnei, Murilo, Washington, Reyes e Paulo Henrique; Liminha e Zanata; Ademir, Adãozinho, Fio Maravilha e Caldeira (Arílson). No Campeonato Carioca, terminou com um péssimo 5º lugar. Ainda sob o comando de Yustrich, e atuando com Sidnei (Adão), Murilo, Washington, Reyes e Paulo Henrique; Liminha e Zanata; Ademir, Adãozinho, Fio Maravilha e Caldeira. No Campeonato Brasileiro, o time que atuou com Ubirajara Alcântara, Murilo, Washington, Reyes e Paulo Henrique; Liminha, Zanata e Doval; Fio Maravilha, Nei Oliveira e Caldeira, terminou com um 6º lugar.



9º LUGAR: 1990
Taxa de Satisfação: 64,3%
Ataque nesse período: 6º lugar
Defesa neste período: 14º lugar

Um ano que após o período repleto de glórias nos Anos 1980, foi dado como um retumbante fracasso; no entanto foi o de melhor aproveitamento, com o melhor ataque e a melhor defesa do período de 1990 a 1999! Jogou 83 jogos, vencendo 47 vezes, empatando 19 vezes e perdendo 17 vezes. Fez 164 gols, equivalente a 1,98 por partida, e levou apenas 69 gols, equivalente a só 0,83 por partida. Não venceu nem o Carioca e nem o Brasileiro, mas foi pela primeira vez Campeão da Copa do Brasil!

No Campeonato Carioca de 1990 terminou em 4º lugar, era treinado por Valdir Espinosa, e jogava com Zé Carlos, Mário Carlos (Uidemar), André Cruz, Fernando e Leonardo; Ailton, Júnior, Marcelinho Carioca (Edu Marangon) e Zinho; Renato Gaúcho e Gaúcho. Foi campeão da Copa do Brasil, ao bater ao Goiás na final. No Campeonato Brasileiro de 1990 foi apenas o 11º lugar, treinado por Jair Pereira e jogando com Zé Carlos, Ailton, Vítor Hugo, Rogério Lourenço e Piá (Nelsinho); Uidemar, Júnior, Bobô (Nélio) e Zinho; Renato Gaúcho e Gaúcho.



8º LUGAR: 1982
Taxa de Satisfação: 64,6%
Ataque nesse período: 5º lugar
Defesa neste período: 24º lugar

O Flamengo apresentou uma eficiência em seu sistema ofensivo, com o 2º melhor desempenho naquela década, mas deixou muito a desejar na defesa, a 2ª pior daquela década. Foi Campeão Brasileiro pela segunda vez em sua história. Jogou 66 jogos, vencendo 38 vezes, empatando 14 vezes e perdendo 14 vezes. Fez 132 gols, equivalente a 2,00 por partida, e levou apenas 72 gols, equivalente a 1,09 por partida.

No Campeonato Brasileiro de 1982 foi o campeão, sendo 1º lugar nacional sob o comando do técnico Paulo César Carpegiani e jogando com a formação mais clássica de sua história, composta por Raul, Leandro, Marinho, Mozer (Figueiredo) e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. Na Libertadores de 82, caiu na semi-final, eliminado pelo Peñarol, quando o time-base do técnico Carpegiani era formado por Cantareli, Leandro, Marinho, Figueiredo e Júnior; Andrade, Adilio e Zico; Tita, Nunes e Lico. No Campeonato Carioca de 1982 ficou em 2º lugar, perdendo a final para o Vasco, e com os titulares de Carpegiani tendo sido Cantareli, Leandro, Marinho, Figueiredo e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico.



7º LUGAR: 1984
Taxa de Satisfação: 68,8%
Ataque nesse período: 19º lugar
Defesa neste período: 12º lugar

Foi um ano no qual o time deixou a desejar tanto ofensiva quanto defensivamente, mas ainda assim teve um desempenho satisfatório: jogou 63 jogos, vencendo 38 vezes, empatando 16 vezes e perdendo apenas 9 vezes. Fez 107 gols, equivalente a 1,70 por partida, e levou 52 gols, equivalente a 0,83 por partida.

No Campeonato Brasileiro de 1984 terminou em 5º lugar, treinado por Cláudio Garcia, foi eliminado nas quartas de final pelo Corinthians, e jogava com Fillol, Leandro, Figueiredo, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Tita; Lúcio (Bebeto), Nunes (Edmar) e João Paulo. Na Libertadores de 84, comandado no início por Cláudio Garcia e depois por Zagallo, caiu nas semi-finais, derrotado pelo Grêmio, um time que jogou com Fillol, Leandro, Figueiredo, Mozer e Adalberto; Andrade, Adilio e Tita; Élder, Bebeto e João Paulo. No Campeonato Carioca de 1984 terminou em 2º lugar, perdendo a final para o Fluminense novamente com um gol de Assis, como havia sido no ano anterior. O time treinado por Mário Jorge Lobo Zagallo jogava com Fillol, Jorginho, Leandro, Mozer e Adalberto; Andrade, Adílio (Gilmar), Élder e Tita; Bebeto e Nunes.



6º LUGAR: 1980
Taxa de Satisfação: 69,0%
Ataque nesse período: 7º lugar
Defesa neste período: 16º lugar

Ano no qual foi Campeão Brasileiro pela primeira vez em sua história. Mas foi apenas a 8º melhor defesa rubro-negra entre 1980 e 1989, e o 3ª melhor ataque. Jogou 70 jogos, vencendo 41 vezes, empatando 22 vezes e perdendo apenas 7 vezes no ano. Fez 137 gols, equivalente a 1,96 por partida, e levou somente 59 gols, equivalente a 0,84 por partida.

No Campeonato Brasileiro de 1980, treinado por Cláudio Coutinho, foi campeão, jogando com Raul, Toninho Baiano, Marinho, Rondinelli e Júnior; Andrade, Carpegiani (Adílio) e Zico; Tita, Nunes e Júlio César. No Campeonato Carioca de 80 terminou em 3º lugar. Ainda treinado por Cláudio Coutinho, jogava com Raul, Leandro, Marinho, Rondinelli (Luís Pereira) e Júnior; Vítor, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Édson (Júlio César).



5º LUGAR: 1981
Taxa de Satisfação: 69,3%
Ataque nesse período: 4º lugar
Defesa neste período: 9º lugar

O ano mais repleto de glórias da história do Flamengo: Campeão Carioca, pela primeira vez Campeão da Copa Libertadores da América, e Campeão Mundial. O melhor ataque do Flamengo na década de 80, e a 3ª melhor defesa do período de 1980 a 1989. Jogou 77 jogos, vencendo 46 vezes, empatando 22 vezes e perdendo apenas 9 vezes. Fez 164 gols, equivalente a 2,13 por partida, e levou apenas 60 gols, equivalente a 0,78 por partida.

No Campeonato Brasileiro de 1981 terminou em 6º lugar, treinado inicialmente pelo paraguaio Modesto Bria, que acabou substituído por Dino Sani. O Flamengo caiu nas quartas de final, eliminado pelo Botafogo. O time jogava com Raul, Carlos Alberto, Marinho, Luís Pereira e Júnior; Andrade, Vítor e Zico (Peu); Fumanchu (Tita), Nunes e Adílio. No Campeonato Carioca de 81 foi treinado no início por Dino Sani e no final por Paulo César Carpegiani, acabando Campeão, ao superar ao Vasco na final. Na Libertadores de 81, o time de Carpegiani foi o campeão, superando ao Cobreloa, do Chile, na final, jogando com Raul, Leandro, Figueiredo, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Baroninho. E na Copa Intercontinental superou ao Liverpool, da Inglaterra, e foi Campeão Mundial de Clubes, com os comandados de Carpegiani tendo sido Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico.



4º LUGAR: 1978
Taxa de Satisfação: 70,7%
Ataque nesse período: 13º lugar
Defesa neste período: 2º lugar

Um ano no qual o time rubro-negro foi inferior aos anos próximos em sua capacidade de atacar o adversário, mas que teve um ótimo desempenho defensivo. Jogou impressionantes 82 jogos, vencendo 52 vezes, empatando 18 vezes e perdendo 12 vezes. Fez 146 gols, equivalente a 1,78 por partida, e levou apenas 50 gols, equivalente a 0,61 por partida.

Começou o ano no Campeonato Brasileiro sob o comando de Joubert, terminando em 16º lugar, e atuando com Cantareli, Sérgio Ramirez, Rondinelli, Nélson e Júnior; Merica, Carpegiani e Adílio; Júnior Brasília, Cláudio Adão e Luís Paulo. No Campeonato Carioca conquistou um título histórico, já sob o comando de Cláudio Coutinho, e jogando com Cantareli, Toninho Baiano, Manguito, Rondinelli (Nélson) e Júnior; Carpegiani, Adílio e Zico; Tita, Cláudio Adão e Marcinho.



3º LUGAR: 1977
Taxa de Satisfação: 71,8%
Ataque nesse período: 2º lugar
Defesa neste período: 1º lugar

O ano de 1977 terminou sem títulos, mas a qualidade do trabalho que veio a culminar no período épico de conquistas iniciado a partir de 1978 já se percebia. O Flamengo teve neste ano o 2º melhor ataque dos Anos 1970, atrás apenas do ano de 1979, no qual se jogaram duas edições do Campeonato Carioca, tendo havido, portanto, praticamente Estadual o ano inteiro. Jogou 71 jogos, vencendo 45 vezes, empatando 18 vezes e perdendo apenas 8 vezes. Fez 156 gols, equivalente a expressivos 2,20 por partida, e levou apenas 41 gols, equivalente a só 0,58 por partida.

No Campeonato Carioca de 77, treinado por Cláudio Coutinho, acabou vice-campeão, jogando com Cantareli, Sérgio Ramirez (Toninho Baiano), Rondinelli, Dequinha e Júnior; Merica, Carpegiani e Zico; Osni, Cláudio Adão (Luisinho Lemos) e Luís Paulo. No Campeonato Brasileiro, quando perdeu Coutinho para a Seleção Brasileira, sendo treinado por Jaime Valente, terminou em 9º lugar, atuando com Cantareli, Toninho Baiano, Rondinelli, Dequinha e Júnior; Merica, Carpegiani (Adílio) e Zico; Osni, Cláudio Adão e Luís Paulo.



2º LUGAR: 1976
Taxa de Satisfação: 74,0%
Ataque nesse período: 3º lugar
Defesa neste período: 4º lugar

Um time bastante equilibrado e eficiente dos dois lados do campo, mas que lamentavelmente não conseguiu transformar esta eficiência em troféus. Foi o 3º melhor ataque rubro-negro entre 1970 e 1979, e a 3ª melhor defesa. Jogou impressionantes 86 jogos, vencendo 57 vezes, empatando 20 vezes e perdendo apenas 9 vezes no ano. Fez 185 gols, equivalente a 2,15 por partida, e levou apenas 59 gols, equivalente a 0,69 por partida.

No Campeonato Carioca de 1976, o time de Carlos Froner terminou em 5º lugar, jogando com Cantareli, Toninho Baiano, Jayme de Almeida, Rondinelli e Vanderlei Luxemburgo; Merica, Tadeu e Zico; Paulinho, Luisinho Lemos e Luís Paulo. No Campeonato Brasileiro de 76, durante o qual Cláudio Coutinho veio a substituir a Froner, terminou em 5º lugar, atuando com Cantareli, Toninho Baiano, Jayme de Almeida, Rondinelli e Júnior; Merica, Tadeu e Zico; Paulinho, Luisinho Lemos e Luís Paulo.



1º LUGAR: 1979
Taxa de Satisfação: 80,9%
Ataque nesse período: 1º lugar
Defesa neste período: 7º lugar

Foi um ano atípico, porque houve duas edições de Campeonato Carioca, e um Campeonato Brasileiro bem curto. A marca rubro-negra no ano foi o fortíssimo poder ofensivo liderado por Zico. Jogou 82 jogos, vencendo majoritariamente 62 vezes, empatando 13 vezes e perdendo somente 7 vezes. Fez incríveis 205 gols, equivalente a 2,50 por partida, e levou apenas 60 gols, equivalente a 0,73 por partida.

O ano todo foi sob o comando de Cláudio Coutinho. Na 1ª edição do Carioca, foi campeão jogando com Cantareli, Toninho Baiano, Manguito, Rondinelli e Júnior; Carpegiani, Adílio e Zico; Reinaldo, Cláudio Adão (Luisinho das Arábias) e Júlio César. Na 2ª edição do Carioca, voltou a ser campeão, desta vez atuando com Cantareli, Toninho Baiano, Manguito, Rondinelli e Júnior; Andrade (Carpegiani), Adílio e Zico; Tita, Cláudio Adão e Júlio César (Reinaldo). No Campeonato Brasileiro, terminou em 12º lugar, jogando com Cantareli, Toninho Baiano, Manguito, Dequinha e Júnior; Andrade, Carpegiani e Zico; Reinaldo, Cláudio Adão e Adílio.



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