Espantoso! No dia seguinte à eliminação dupla de Corinthians e São Paulo na Libertadores da América, quando não se deveria estar faltando temas para serem explorados e gerarem os cliques, visitas, leituras e tudo que a mídia esportiva luta desesperadamente conseguir, muitas vezes de forma apelativa, eis que o UOL de cide fazer uma matéria "O que será do Flamengo em 2016?". Dado que todos os atuais contratos de patrocínio rubro-negros vencem em dezembro de 2015, o UOL está preocupado com as receitas rubro-negras em 2016.
Faltam 7 meses para o vencimento destes contratos chegar. A maioria dos clubes do Brasil está com uma dificuldade monstruosa para obter patrocínio para usar na camisa durante este Brasileiro. Corinthians e São Paulo, AMBOS!, estão com salários atrasados. E o UOL quer saber o que será do pobrezinho do Flamengo em 2016. Mas acho bacana aproveitar a reflexão à qual o UOL nos convida.
A camisa de R$ 81 milhões do Flamengo está dividida da seguinte forma: R$ 38 milhões/ano como cota de material esportivo da Adidas, R$ 16 milhões por 7 meses como patrocínio master, na frente da camisa, da Caixa Econômica Federal, R$ 20 milhões/ano pelo Guaraviton com imagem nas mangas e nas costas, R$ 4,5 milhões da Jeep para a barra nas costas, e R$ 2,5 milhões da TIM pelo uso do espaço nos números. 38 + 20 + 16 + 4,5 + 2,5 = 81. Anualizando, já que o contrato da Caixa é por R$ 7 meses, representa R$ 90 milhões/ano.
Para manter este nível de valor da camisa nos próximos anos, as cotas poderiam estar assim divididas:
- R$ 40 MM por ano com Material Esportivo
- R$ 32 MM por ano no Combo Master (frente) + Barra das Costas
- R$ 16 MM por ano nas Costas
- R$ 3 MM por ano pelo Número
Esta soma dá R$ 91 milões por ano. E exclui as mangas, algo que a situação financeira mais estável já nos permitiria fazer para 2016, despoluindo visualmente a camisa.
Estas são as referências para "O que será do Flamengo em 2016?". E que o Marketing comece a negociá-las desde já! Os R$ 38 MM da Adidas estão garantidos e serão reajustados. E seria bem legal também cortar a dependência de um órgão público, por isto se deveria trabalhar desde já num substituto para a Caixa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário