sábado, 30 de junho de 2012

NONÔ: o primeiro grande ídolo rubro-negro

Carreira: 1919-20 Palmeiras (RJ); 1921-1930 Flamengo

Claudionor Gonçalves da Silva, o Nonô, foi o primeiro grande ídolo rubro-negro. Pelo Flamengo, foram 125 jogos e incríveis 123 gols. Nonô foi o artilheiro do clube nas temporadas de 1921, 1922, 1923, 1924 e 1925.

"O grandalhão Nonô foi o artilheiro do Flamengo por cinco temporadas consecutivas, de 1921 a 1925. Jogou até 1930. Fez, no total, 123 gols com a camisa do Flamengo, sendo o primeiro a ultrapassar a marca centenária de gols pelo clube. Morreu em 1931, prematuramente, aos 32 anos, por tuberculose". (A NAÇÃO, pg. 43)

"Na contagem final dos votos, quando o Flamengo ultrapassou o Vasco, parecia um gol do Nonô na rua Paissandu. Foi assim que a Taça Salutaris foi levada para o Flamengo. Era mais um título: o clube mais querido do Brasil". (A NAÇÃO, pg. 41)

quinta-feira, 28 de junho de 2012

SIDNEY PULLEN: o Lorde Inglês

Carreira: 1912-1915 Paissandu (RJ); 1915-1925 Flamengo

O inglês Sidney Pullen foi o segundo capitão do Flamengo, sucedeu a Alberto Borgeth, capitão do time do Fluminense de 1911 que foi para o Flamengo, onde sustentou o posto de capitão do time até 1915. De 1915 a 1925 a função foi de Pullen.

Mas sua importância foi muito além disso. Principal jogador deste período, o inglês foi o artilheiro do time na temporada de 1919, com 12 gols. Com a camisa rubro-negra foram 116 jogos e 40 gols.

"Nos primórdios do futebol carioca, muitos ingleses radicados no Brasil jogaram por equipes do Rio de Janeiro. Dentre eles se destacaram Edwin Cox e Welfare, no Fluminense, e Harry Robinson, Sidney Pullen e Eustace Pullen, no Paysandu. Eustace e Sidney Pullen depois se transferiram para o Flamengo. Welfare também jogou no Flamengo, mas somente durante uma excursão a Belém do Pará, entre dezembro de 1915 e janeiro de 1916". (A NAÇÃO, pg. 32)


Abaixo, foto montagem extraída do blog FlaManolos:


Abaixo, foto do time do Paissandu, Campeão Carioca de 1912. Sidney Pullen é o segundo sentado da esquerda para a direita, à época com apenas 17 anos:


quarta-feira, 27 de junho de 2012

A lição do Boca Juniors


Na virada para o século XXI, os clubes europeus estavam ainda mais ricos e o fluxo de jogadores para a Europa era ainda maior que o vivenciado uma década antes, e isto não impediu que o Boca Juniors conseguisse construir sua própria Era de Ouro. Entre 2000 e 2007, em oito edições da Taça Libertadores da América, o clube foi quatro vezes campeão.

Em 2000, o Boca foi campeão sul-americano jogando com Oscar Córdoba, Ibarra, Bermúdez, Walter Samuel e Arruabarrena; Traverso, Battaglia, Riquelme e Gustavo Schelotto; Guillermo Schelotto e Martin Palermo.

No ano seguinte, faturou o bicampeonato com a mesma base, tendo perdido apenas Samuel, Arruabarrena e Palermo. Em seus lugares estavam Burdisso, Clemente Rodríguez e Marcelo Delgado.

Em 2003, voltou a vencer a Libertadores (o terceiro título em quatro anos), e muitos dos que compunham o time bicampeão ainda estavam por lá. O Boca Juniors, neste ano, jogava com a seguinte formação: Abbondanzieri, Ibarra, Schiavi, Burdisso e Clemente Rodríguez; Battaglia, Cascini, Javier Villarreal e Diego Cagna; Marcelo Delgado e Carlos Tévez. Tinha, portanto, seis jogadores que haviam participado da campanha do bicampeonato: Ibarra, Burdisso, Rodríguez, Battaglia, Villarreal e Delgado.

O capital europeu levou do clube nomes de peso, como Walter Samuel, Juan Roman Riquelme e Martin Palermo, todos transferidos para equipes de ponta do cenário mundial, mas conservou-se uma base que manteve o futebol do clube muito forte. Nas três edições seguintes da Taça Libertadores, o clube ficou sem o título. Mas, em 2004, esteve presente na final, quando foi derrotado pelo Once Caldas, da Colômbia. A base campeã em 2003 ainda faturou o bicampeonato da Copa Sul-Americana em 2004/05. O fracasso na final de 2004 não impediu a continuidade do trabalho. A organização do clube e as escolhas feitas neste período permitiram que o Boca voltasse a ser campeão sul-americano em 2007, e tendo no time uma base com muitos jogadores que haviam participado das conquistas de 2000, 2001 e 2003.

À revelia do fortíssimo assédio dos clubes europeus, venceu o trabalho bem-feito e as escolhas equilibradas e acertadas. O time que atropelou o Grêmio e foi campeão, vencendo os dois jogos da finalíssima em 2007, jogava com: Caranta, Ibarra, Daniel Díaz, Cláudio Rodríguez e Clemente Rodríguez; Battaglia, Banega, Neri Cardozo e Riquelme; Rodrigo Palacio e Martin Palermo. Eram, portanto, nada menos do que cinco jogadores da base campeã nos outros anos: Ibarra, Clemente Rodríguez, Battaglia, Riquelme e Palermo.

Isto comprova o quão boa era a continuidade no trabalho de montagem de uma equipe no clube e demonstra como os resultados não se deram por acaso. São lições como esta que indicam a diferença, muitas vezes tênue, entre o sucesso e o fracasso, entre a ribeira e a glória". (A NAÇÃO, pgs. 172-173)


O Boca Juniors chegou à final da Libertadores pela 10ª vez em sua história, desta vez contra o Corinthians.

Foi campeão em 1977 sobre o Cruzeiro, em 1978 sobre o Deportivo Cali, em 2000 sobre o Palmeiras, em 2001 sobre o Cruz Azul, em 2003 sobre o Santos e em 2007 sobre o Grêmio. 6 vezes campeão, 4 delas sobre brasileiros.

Foi três vezes vice-campeão: perdeu em 1963 para o Santos, em 1979 para o Olimpia e em 2004 para o Once Caldas.

terça-feira, 26 de junho de 2012

PAVÃO: o Grande Xerife

Carreira: 1950 Portuguesa Santista (SP); 1951-1959 Flamengo; 1959-1961 Santos

Pelo Flamengo, foram 357 jogos e 5 gols.

"Pavão, beque de força e presença física, titular absoluto entre 1951 e 1957. Ao seu lado jogaram Leone, Marinho e Tomires; este último formou com ele a dupla de zaga do segundo tri". (A NAÇÃO, pg. 255)

E mais uma vez para que se cante: “Flamengo joga amanhã, eu vou pra lá/ Vai haver mais um baile, no Maracanã/ O mais querido, tem Rubens, Dequinha e Pavão/ Eu já rezei pra São Jorge, pro Mengo ser campeão/ Pode chover, pode o sol me queimar/ Que eu vou pra ver, a Charanga do Jaime tocar/ Flamengo, Flamengo, tua glória é lutar/ Quando o Mengo perde, eu não quero almoçar, eu não quero jantar” (A NAÇÃO, pg. 75)

domingo, 24 de junho de 2012

DEQUINHA: o Cão de Guarda refinado

Carreira: 1947-49 ABC (RN); 1950 América (PE); 1950-1959 Flamengo; 1960 Botafogo; 1961-63 Campo Grande (RJ)


No Flamengo, foram 374 jogos e 8 gols.

"Voltando aos primórdios do futebol rubro-negro, os primeiros a se destacar de forma mais contundente na cabeça de área foram dois estrangeiros, o argentino Volante (1938-1942) e o paraguaio Modesto Bria (1943-1953). Em seguida veio Dequinha, titular de 1954 a 1959, depois Carlinhos, nos anos 60". (A NAÇÃO, pg. 257)

E mais uma vez para que se cante: “Flamengo joga amanhã, eu vou pra lá/ Vai haver mais um baile, no Maracanã/ O mais querido, tem Rubens, Dequinha e Pavão/ Eu já rezei pra São Jorge, pro Mengo ser campeão/ Pode chover, pode o sol me queimar/ Que eu vou pra ver, a Charanga do Jaime tocar/ Flamengo, Flamengo, tua glória é lutar/ Quando o Mengo perde, eu não quero almoçar, eu não quero jantar” (A NAÇÃO, pg. 75)


sexta-feira, 22 de junho de 2012

RUBENS: o clássico Doutor Rúbis

Carreira: 1948-50 Ypiranga (SP); 1950 Portuguesa de Desportos; 1951-1957 Flamengo; 1957-59 Vasco; 1960 Santa Cruz (PE)

No Flamengo, foram 170 jogos e 82 gols.

"O Flamengo interrompeu uma sequência de oito campeonatos sem títulos com um dos trios de ataque mais fortes de sua história: Rubens, Índio e Benítez. Ainda tinha Joel na ponta-direita e Esquerdinha na ponta-esquerda. O goleador do time naquela temporada foi Índio, com 41 gols durante o ano. O dr. Rúbis, como ficou conhecido Rubens, era o cérebro do meio de campo. Ele chegara ao clube em 1951, depois de haver passado por Ypiranga e Portuguesa, ambos de São Paulo. Foi o grande articulador do Flamengo nessa geração, o jogador que decidia partidas. E foi o primeiro jogador a trocar o Flamengo pelo rival Vasco, no final da temporada de 1957, depois de desentender-se com o técnico Fleitas Solich. E Rubens foi campeão de 1958 com o Vasco". (A NAÇÃO, pg. 72)

"Com o tricampeonato do Flamengo, compôs-se uma das canções sobre futebol mais marcantes no Brasil. O samba no Rio de Janeiro sempre deu espaço para letras referentes ao esporte bretão, foram muitas as músicas de salão que falavam do esporte nos anos 30 e 40. Porém, nenhuma até então havia pegado tanto como aconteceu com o Samba rubro-negro, na boca de Roberto Silva, que em 1955 apareceu cantando:

“Flamengo joga amanhã, eu vou pra lá/ Vai haver mais um baile, no Maracanã/ O mais querido, tem Rubens, Dequinha e Pavão/ Eu já rezei pra São Jorge, pro Mengo ser campeão/ Pode chover, pode o sol me queimar/ Que eu vou pra ver, a Charanga do Jaime tocar/ Flamengo, Flamengo, tua glória é lutar/ Quando o Mengo perde, eu não quero almoçar, eu não quero jantar” – letra de Wilson Batista e Jorge de Castro.

O samba foi regravado no início dos anos 80 pelo sambista João Nogueira, com o refrão substituindo “Rubens, Dequinha e Pavão” por “Zico, Adílio e Adão”, e voltou a fazer muito sucesso". (A NAÇÃO, pg. 75)


quinta-feira, 21 de junho de 2012

História da Natação do Flamengo


Maria Lenk, nadadora do Flamengo, foi a primeira mulher sul-americana a competir em Olimpíadas, nos Jogos de Los Angeles, em 1932. Em 1939, bateu os recordes mundiais dos 200 e 400m peito, tornando-se a única nadadora sul-americana recordista mundial. Maria Lenk foi recordista mundial dos 200m peito entre 8/11/1939 e 19/03/1941, com a marca de 2,56 minutos, posteriormente superada pela alemã Anni Kapell, que nadou 2,55.5. Foi o primeiro recorde mundial da natação brasileira!

Armando Coelho de Freitas, nos anos 1930, foi o primeiro nadador da América do Sul a baixar a marca de um minuto nos 100m livre. Foi a primeira estrela da natação rubro-negra no masculino.

Piedade Coutinho chegou ao Flamengo aos 18 anos, em 1938. Foi tetracampeã sul-americana e chegou as finais em duas das três Olimpíadas que disputou (Berlim-1936, Londres-1948 e Helsinque-1952). Obteve recordes brasileiros e sul-americanos nos 100m, 200m, 400m, 800m e 1.500m de nado livre e também foi recordista sul-americana no revezamento 4x100m nado livre junto com Ligia Cordovil, Scylla Venâncio e Geísa de Carvalho, formaram o quarteto de revezamento, conhecidas como as Fortalezas Voadoras.

As Fortalezas Voadoras


Em 1968, o Flamengo foi pela 1ª vez Campeão do Troféu Brasil de Natação, com uma equipe que tinha Pedro Carlos Carsalade, Maria Beatriz du Rocher, Carmem Martins Néri, e as irmãs Eliana Motta e Eliete Motta, filhas do ex-jogador de basquete do clube Alfredo da Motta.

A natação brasileira estava ganhando força: o paulista Manuel dos Santos foi recordista mundial dos 100m livre entre 20/09/1961 e 13/09/1964, quando seu tempo foi batido pelo francês Alain Gottvalles. Ele nadou, na piscina do Clube de Regatas Guanabara, no Rio de Janeiro, com o tempo de 53,6 segundos. Na mesma piscina do Guanabara, o paulista José Sylvio Fiolo foi o segundo brasileiro a ser recordista mundial na natação masculina, nos 100m peito, com 1,06.4 minutos, marca obtida em 19/02/1968 e superada em 18/04/1968 pelo soviético Nikolai Pankin.

Maria Elisa Guimarães, nadadora rubro-negra, em 1976, conseguiu o indíce técnico e disputou os Jogos de Montreal 1976, aos 17 anos. No mesmo período, se tornou a primeira nadadora sul-americana a nadar abaixo de um minuto a distância dos 100m livre, além de ter sido recordista sul-americana dos 100m livre, 200m livre, 400m livre, 800m livre e 1.500m livre.

Outra estrela das piscinas rubro-negras foi Rômulo Arantes, prata nos 100m costas e bronze no revezamento 4x100m livre nos Jogos Pan-Americanos de 1979.

O Flamengo foi hegemônico nas piscinas brasileiras nos anos 1980, comandado pelo grande treinador Daltely Guimarães e contando em sua equipe com nomes com Ricardo Prado, Maria Elisa Guimarães, Rômulo Arantes, Cristiano Michelena, Marcelo Jucá, Jorge Fernandes e Patrícia Amorim.

Jorge Fernandes ganhou a primeira medalha da natação braileira em Olimpíadas, um bronze no revezamento 4x200m livres nos Jogos Olímpicos de Moscou.

Ricardo Prado, em 1982, aos 17 anos, sagrou-se campeão e recordista mundial na prova dos 400m medley em Guaiaquil, no Equador, foi medalha de ouro nos 200m medley e nos 400m medley, prata nos 200m borboleta e nos 200m costas nos Jogos Pan-Americanos de 1983, prata nos 200m costas, bronze nos 200m medley e no revezamento 4x100m medley nos Jogos Pan-Americanos de 1987, prata nos 400m medley nos Jogos Olímpicos de 1984. Ricardo Prado foi o quarto brasileiro a conseguir um recorde mundial na natação, nos 400m medley, entre 8/08/1982 e 23/05/1984 ninguém foi capaz de superar sua marca de 4,19.78 minutos, batida pelo alemão oriental Jens Peter Berndt.

Marcelo Jucá, foi medalha de prata nos 1.500m livre e bronze nos 400m livre nos Jogos Pan-Americanos de 1983.

Cristiano Michelena ganhou as medalhas de prata nos 400m livre, e bronze nos revezamentos 4x100m livre e 4x200m livre nos Jogos Pan-Americanos de 1987

Patrícia Amorim foi heptacampeã brasileira absoluta, pentacampeã sul-americana (1984 a 1988), recordista sul-americana dos 200m, 400m, 800m e 1.500m nado livre, tendo sido a primeira nadadora da América do Sul a baixar a marca dos nove minutos, na prova dos 800m nado livre e os 17 minutos na prova de 1.500m livre.

A natação do Flamengo perdeu a hegemonia nacional nos anos 90. Mas ainda assim tinha estrela nadando no clube. Fernando Scherer foi ouro nos 50m livre, prata no revezamento 4x100m livre e 4x200m livre, e bronze nos 100m livre nos Jogos Pan-Americanos de 1995, ouro nos 50m livre e nos 100m livre, no revezamento 4x100m livre e no revezamento 4x100m medley nos Jogos Pan-Americanos de 1999, bronze nos 50m livre nos Jogos Olímpicos de 1996 e no revezamento 4x100m livre  nos Jogos Olímpicos de 2000.

Ricardo Prado, Patrícia Amorim e Fernando Scherer, estrelas rubro-negras


O Flamengo voltou a conquistar o Troféu Brasil em 2002, numa equipe que tinha Mariana Brochado, Monique Ferreira, Patrícia Comini e Rafael Mosca. E que nesse ano contou também com Luiz Lima, medalhista pan-americano em provas longas, atleta que passou quase toda a carreira no Fluminense, teve passagem pelo Vasco e, exclusivamente nesse ano, nadou pelo Flamengo. A equipe contou ainda com a ucraniana Yana Klochkova.

Patrícia Comini ganhou a medalha de bronze no revezamento 4x100m medley nos Jogos Pan-Americanos de 1999.

Monique Ferreira conquistou as medalhas de bronze nos 4x200m livre nos Jogos Pan-Americanos de 1999, prata no revezamento 4x200m livre, bronze nos 400m livre e no revezamento 4x100m livre nos Jogos Pan-Americanos de 2003.

Mariana Brochado foi prata no revezamento 4x200m livre e bronze nos 200m livre nos Jogos Pan-Americanos de 2003.

Rafael Mosca ganhou a prata no revezamento 4x200m livre nos Jogos Pan-Americanos de 2003.

A natação do Brasil voltou a conseguir marcas expressivas só em piscinas curtas (de 25 metros), com Gustavo Borges, que foi recordista mundial dos 100m livre, com o tempo de 47,94 segundos, entre 02/07/1993 e 01/01/1994, quando sua marca foi superada pelo russo Alexander Popov. Pouco mais de uma década depois, nos 200m medley, Thiago Pereira manteve o recorde mundial entre 18/11/2007 e 13/12/2007, com 1,53.14 minutos. Nos 50m borboleta, Kaio Márcio de Almeida foi recordista mundial entre 17/12/2005 e 25/10/2008 com 22,6 segundos. Kaio Márcio também obteve o recorde mundial dos 200m em 10/11/2009 com a marca de 1,49.11 minutos.

Em piscinas olímpicas (50 metros), o Brasil voltou ao recorde mundial nos 50m peito com Felipe França, que foi recordista mundial entre 8/05/2009 e 28/07/2009 com 26,89 segundos.

As marcas mais expressivas, no entanto, foram as de César Cielo, recordista mundial dos 50m livre desde 18/12/2009 com o tempo de 20,91 segundos, e recordista mundial dos 100m livre desde 30/07/2009 com o tempo de 46,91 segundos. Cielo foi Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008 nos 50m livre e Medalha de Bronze nos 100m livre.

César Cielo, contratado pelo Flamengo em 2010


O Flamengo voltou a ser Campeão Brasileira em 2012, com uma equipe que tinha César Cielo, Nicholas Santos, Henrique Barbosa, Leonardo de Deus, Tales Cerdeira, Joana Maranhão, Daynara de Paula, além da espanhola Miréia Belmonte, e do norte-americano Eugene Godsoe.

O Flamengo é 13 vezes campeão do Troféu Brasil de Natação (hoje Troféu Maria Lenk), em: 1968, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, 1986, 1987, 1989, 1991, 2002 e 2012.

E é 12 vezes campeão do Trófeu José Finkel, em: 1977, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, 1986, 1987, 1990, 2001 e 2002.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

LEANDRO: o maior lateral-direito do mundo

Carreira: 1979-1990 Flamengo.

Foram 411 jogos e 14 gols atuando em vermelho e preto. De 1979 a 1984 como lateral direito, e de 1985 a 1990 como zagueiro central.

Pela Seleção Brasileira disputou 28 partidas e fez 2 gols.

O garoto natural de Cabo Frio, badalado balneário do Estado do Rio, ganhou tudo com o Flamengo: Campeão Brasileiro de 1980, 1982, 1983 e 1987, Campeão da Taça Libertadores e do Mundial em 1981, Campeão Carioca em 1981 e 1986. Uma vida inteira dedicada ao Flamengo.


Uma história maravilhosa envolvendo esse gênio da bola ... Final do Brasileiro de 82, Flamengo e Grêmio decidiam o título no Estádio Olímpico, em Porto Alegre. O jogo estava muito duro, o Grêmio, treinado por Ênio Andrade, marcava as saídas de bola rubro-negras sob pressão, e o goleiro Raul insistia em dar chutões para frente na hora de repôr a bola em jogo, para desespero de Leandro, que a cada saída de bola gritava "Aqui, aqui!". Leandro se desesperava, porque sabia que o forte daquele time do Flamengo eram as saídas pelas laterais, com ele pela direita e com o Júnior pela esquerda. Ele gritava para Raul e nada do goleiro mandar para ele. E tome chutão pro alto. Depois de vários gritos insistentes, Raul finalmente mandou para Leandro, com força e a meia altura, Leandro matou a bola no peito, de perna canhota driblou o primeiro marcador, com a perna direita driblou o segundo e saiu jogando. Quando, depois sair jogando, conseguiu tocar a bola para um companheiro, voltou para a defesa e gritou para Raul: "Velho, quando eu disser para mandar, é para mandar, porra! Pode mandar sempre, porque eu jogo pra caralho e vou resolver".

segunda-feira, 18 de junho de 2012

EVARISTO: o Conquistador da Espanha

Carreira: 1950-52 Madureira; 1953-1957 Flamengo; 1957-1962 Barcelona (Espanha); 1962-1965 Real Madrid (Espanha); 1965 Flamengo.

Jogou com a camisa do Flamengo um total de 182 jogos, tendo feito 102 gols. Ainda foi o treinador do Flamengo em três oportunidades - 1993, 1998 e 2002 - num total de 83 jogos como técnico do time da Gávea.

"Em 1957, o Flamengo perdeu o atacante Evaristo, que trocou a camisa rubro-negra pela azul-grená do Barcelona, da Espanha. Depois de se tornar ídolo no Flamengo, ele marcou uma época no futebol espanhol. Foi ídolo no Barcelona de 1957 a 1962, e depois também no Real Madrid, de 1963 a 65. Foi um dos primeiros a brilhar com ambas as camisas dos maiores rivais espanhóis. Evaristo compôs um ataque magistral no Barça, ao lado de dois ícones do futebol espanhol (Ladislao Kubala e Luís Suárez) e de duas feras húngaras da maravilhosa seleção da Copa de 1954 (Kocsis e Czibor)". (A NAÇÃO, pg. 78)


Como treinador, a carreira de Evaristo de Macedo passou por: 1970 Bahia; 1971 Bangu; 1972 Santa Cruz (PE); 1973 Bahia; 1975-1980 Santa Cruz; 1985 Seleção Brasileira; 1985 América (RJ); 1986 Seleção do Iraque; 1988-89 Bahia; 1990 Fluminense; 1990 Grêmio; 1991 Cruzeiro; 1992 Seleção do Qatar; 1993 Flamengo; 1995 Bahia; 1996 Atlético Paranaense; 1997 Grêmio; 1997 Vitória; 1998 Bahia; 1998 Flamengo; 1999 Corinthians; 2000-01 Bahia; 2002 Vasco; 2002 Flamengo; 2003 Bahia; 2003 Vitória; 2005-06 Atlético Paranaense; 2007 Santa Cruz.

Seu grande feito como técnico foi obter o título de Campeão Brasileiro de 1988 com o Bahia. Clube com o qual teve a maior afinidade como treinador, foram nada mais nada menos do que 7 passagens pelo tricolor baiano.

sábado, 16 de junho de 2012

DIDA: uma Pérola de Alagoas

Carreira: 1950-1954 CSA (AL); 1954-1963 Flamengo; 1964-65 Portuguesa de Desportos (SP); 1966-68 Junior de Barranquilla (Colômbia).

No Flamengo foram 350 jogos e 263 gols. Na Seleção Brasileira jogou 8 partidas e fez 5 gols. Foi reserva na Copa do Mundo de 1958, em que chegou a jogar a primeira partida como titular, mas perdeu a posição para Pelé.

"Em 1955, explodiu mais um craque no Flamengo, ainda que na reserva do time que conquistou o tricampeonato: Dida. Ele foi descoberto em Maceió, durante uma excursão do time de vôlei feminino do Flamengo. Trazido ao Rio de Janeiro, passou na seleção e ingressou no futebol do clube. Despontou quando foi escalado para o lugar de Evaristo na partida decisiva contra o América: 4 a 1 Flamengo – tricampeão carioca, com quatro gols de Dida. Naquele mesmo campeonato ele já havia feito quatro num único jogo, na vitória por 5 a 0 sobre o Canto do Rio. Foram os primeiros sinais de que um grande jogador chegava ao Flamengo. Depois dos outros quatro na finalíssima não restava mais dúvida. Foram dezesseis gols feitos na temporada de 1955 e 24 feitos na de 1956. O clube ganhava um novo ídolo. O jogador que chamou a atenção do garoto Zico, que jogava suas primeiras peladas nas ruas de Quintino, vindo a tornar-se o ídolo do maior ídolo do Flamengo". (A NAÇÃO, pg. 75)

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Flamengo 2012-13 pronto no basquete

O Flamengo trabalhou rápido e já fechou o seu time para a temporada 2012-13 da Liga Nacional de Basquete. Houve uma reformulação total. O novo time ficou muito forte! E muitos dos novos nomes estavam na minha lista de reforços sugerida aqui no blog de A NAÇÃO em 20 de abril, data na qual eu postei aqui: meu Flamengo para a temporada 2012-13 do basquete.

A diretoria foi rápida no gatilho, primeiro definiu José Alves Neto como o novo treinador, e agora definiu 6 novos contratados, e em alto nível, ampliando a lista de jogadores do Mengão no basquete em Londres 2012.

Depois do desempenho aquém do esperado na temporada 2011-12, foi reconstruído o elenco, para manter o clube na brilhante sequência de temporadas no topo da tabela, que colocaram o Flamengo entre os cinco maiores projetos da história da Liga Nacional de Basquete, com uma fantástica série de 5 temporadas consecutivas entre os semi-finalistas do principal torneio nacional.

Os novos contratados são:

KOJO MENSAH (armador, 27 anos, ganês naturalizado norte-americano)
Carreira: 2004-06 Siena College (EUA); 2006-08 Duquesne Dukes (EUA); 2008-09 Cocolos de San Pedro (Rep. Dominicana); 2009 Anastasia de Fray Bentos (Uruguai); 2010 Cangrejeros de Cartagena (Colômbia); 2010-11 Panteras de Miranda (Venezuela); 2011-12 Joinville; 2012-13 Flamengo.

VÍTOR BENITE (ala-armador, 22 anos)
Carreira: 2008 Ulbra Rio Claro; 2008-09 Pinheiros; 2009-11 Franca; 2011-12 Winner Limeira; 2012-13 Flamengo.

GEGÊ (armador, 21 anos)
Carreira: 2007 Tijuca; 2008-10 Torrejón (Espanha); 2010-11 Flamengo; 2011-12 Tijuca; 2012-13 Flamengo.

MARQUINHOS (ala, 28 anos)
Carreira: 2002 Bauru; 2003 Vasco; 2004 Corinthians/Mogi (SP); 2005 Pesaro (Itália); 2006 São Carlos (SP); 2006-07 New Orleans Hornets (NBA); 2008 Tulsa 66ers (EUA); 2008 Memphis Grizzles (NBA); 2009 Pinheiros; 2009-10 Montegranaro (Itália); 2010-12 Pinheiros; 2012-13 Flamengo.

OLIVINHA (ala-pivô, 28 anos)
Carreira: 2001 Grajaú Country (RJ), 2002-04 Flamengo, 2004-05 Corinthians/Mogi (SP), 2005-06 Telemar (RJ), 2006-07 Flamengo, 2007-08 Barreteros de Zacatecas (México), 2008-09 Uberlândia (MG); 2009-12 Pinheiros (SP); 2012-13 Flamengo.

SHILTON (pivô, 30 anos)
Carreira: 2000 São Bernardo (SP); 2001-02 Pinheiros; 2003 Automóvel Clube de Campos (RJ); 2004 São Bernardo (SP); 2005-12 Joinville; 2012-13 Flamengo.


O FLAMENGO 2012-2013 ESTÁ PRONTO!!!


terça-feira, 12 de junho de 2012

ZIZINHO: um Verdadeiro Mestre, o "Mestre Ziza"

Carreira: 1940-1950 Flamengo; 1950-1957 Bangu; 1957-58 São Paulo; 1959-60 Uberaba (MG); 1960-62 Audax Italiano (Chile)

No Flamengo, foram 318 jogos e 146 gols.

"Em 1940, surgiu no Flamengo um dos maiores craques de sua história: Zizinho. Ele estreou na última partida realizada ainda em 1939, durante uma derrota de 4 a 3 para o Independiente, da Argentina, em partida amistosa disputada em São Januário. Ele agradou de imediato, ainda jovem e franzino. Foi mantido no time no segundo jogo contra o Independiente e, depois, em três amistosos mais, todos contra o San Lorenzo, também da Argentina. O curioso é que todos os cinco primeiros jogos de Zizinho com a camisa do Flamengo, os acima citados, foram disputados no campo do Vasco da Gama, em São Januário. E, nos cinco, houve apenas uma vitória – três derrotas e um empate nos demais. Isto poderia ter sido um empecilho a que se avistasse o brilho daquele jovem. Felizmente, para o rubro-negro, e para o futebol brasileiro, não foi assim". (A NAÇÃO, pg. 57)

"Mas com o espírito da Copa (de 1950), aflorou o sentimento da necessidade de organização de um campeonato em nível nacional. Organizou-se o 1º Torneio Rio–São Paulo no primeiro semestre de 1950. O desempenho do Flamengo, entretanto, foi um fiasco: uma vitória, dois empates e três derrotas. Por este fracasso, Zizinho saiu do Flamengo e foi para o Bangu alguns meses antes de a Copa do Mundo ter começado". (A NAÇÃO, pg. 69)


domingo, 10 de junho de 2012

LEÔNIDAS DA SILVA: o Diamante Negro

Carreira: 1929-1930 São Cristóvão; 1931-1932 Bonsucesso; 1933 Peñarol (Uruguai); 1934 Vasco; 1935-1936 Botafogo; 1936-1940 Flamengo; 1942-1950 São Paulo.

No Flamengo, foram 179 jogos e 150 gols.

À Seleção Brasileira chegou em 1931, como jogador do Bonsucesso. Em 1938 brilhou na Copa do Mundo, sendo eleito entre os melhores atacantes do torneio.

"O desempenho de Leônidas em sua primeira temporada pelo Flamengo foi impressionante, levando-o a cair imediatamente nas graças da torcida. Em apenas três meses (ele estreou na metade de setembro), ele marcou 23 gols com a camisa do Flamengo, tornando-se vice-artilheiro do ano inteiro. E num momento em que o time tinha outro grande goleador, pois neste ano o centroavante Alfredo fez 45 gols, a maior marca até então de um jogador do Flamengo em um único ano, superando o ídolo Nonô, que em 1925 havia feito 30 gols" (...) "Leônidas se tornou celebridade no Rio de Janeiro. Não é exagero dizer que ele foi o primeiro jogador de futebol a ganhar status de celebridade no Brasil. Ainda que Friedenreich já tivesse sido deveras exaltado, Leônidas viveu dias explícitos de tietagem que nenhum futebolista vivenciara no país até então". (A NAÇÃO, pg. 49)

"Leônidas foi o quarto jogador na história do Flamengo a superar a marca de cem gols pelo clube, chegando a 108 e superando Alfredo (1934/37) com 103 e Jarbas – seu companheiro de ataque. Ficou atrás apenas de Nonô (1921/29) que tinha 123 gols". (A NAÇÃO, pg. 53)

"Em 1941, porém, o Flamengo perdeu o maior deles, seu matador: Leônidas. Ele trocou a camisa rubro-negra pela do São Paulo. Leônidas da Silva havia sido preso no início daquele ano, acusado de ter, anos antes, forjado documentos para evitar o serviço militar. Ficou sete meses na cadeia. Quando saiu, não quis mais saber de continuar no Rio de Janeiro. Não houve quem o fizesse mudar de ideia. Desgostoso, quis se afastar do governo federal e do comando das Forças Armadas, ambos estabelecidos no Rio. Foi-se o ídolo... mas não se diminuiu a intensidade do brilho do vermelho e do preto". (A NAÇÃO, pg. 58)


sexta-feira, 8 de junho de 2012

DOMINGOS DA GUIA: o Divino Mestre

Carreira: 1929-1932 Bangu; 1932-1933 Nacional (Uruguai); 1934-1935 Vasco; 1935-1936 Boca Juniors (Argentina); 1936-1943 Flamengo; 1944-1948 Corinthians; 1948-1949 Bangu.

Foram 7 temporadas defendendo o Flamengo, o clube por onde ficou mais tempo em sua carreira. No Flamengo, foram 223 jogos. Nenhum gol, pois naquele tempo zagueiro não passava da linha do meio de campo.

Na Seleção Brasileira estreiou em 1931, ainda como jogador do Bangu. Foi titular absoluto do Brasil na Copa do Mundo de 1938, em que foi eleito entre os melhores defensores da competição. Antes, foi Campeão Uruguaio de 1933 e Campeão Argentino de 1935.

"O grande defensor da história rubro-negra foi Domingos da Guia, dono absoluto da área do Flamengo entre 1936 e 1943. Seu grande companheiro de zaga foi Nilton Canegal, titular entre 1941 e 1949. Esta era a dupla de zaga do primeiro tri: clássica, fria, com toque de bola refinado e elegância". (A NAÇÃO, pg. 255)


quarta-feira, 6 de junho de 2012

JÚNIOR: o Maestro

Carreira: 1974-1984 Flamengo; 1984-1987 Torino (Itália); 1987-1989 Pescara (Itália); 1989-1993 Flamengo. 

Pelo lamengo foram 857 jogos (recorde máximo na história do clube) e 73 gols. Como técnico do Flamengo foram outros 76 jogos.

Pela Seleção Brasileira foram 88 jogos e 8 gols.

O Capacete, como era chamado pelos jogadores rubro-negros da Era de Ouro, foi lateral-direito em 1974, lateral-esquerdo entre 75 e 84, zagueiro central em 1989-90 e cabeça-de-área entre 1991 e 93. O versátil paraibano foi mais um gênio da nobre galeria rubro-negra. Em suas palavras: "a camisa do Flamengo sempre foi minha segunda pele".

"Os campeonatos de futebol de areia no Rio de Janeiro moviam nesses tempos um grande público para a praia de Copacabana. Os campeonatos eram bem organizados e os jogos costumavam ser disputados nas tardes de sábado. O público se aglomerava para ver as partidas no calçadão e no entorno da cancha. Times como o Areia, o Dínamo e o Juventus eram os mais badalados e disputavam a simpatia dos fiéis torcedores que iam à praia ver as acirradas disputas. As vagas entre os titulares destas equipes eram bastante disputadas. Só aqueles com refinada habilidade conseguiam um lugar nestes times. E não era qualquer técnica. É muito diferente jogar futebol na areia, exige muito mais resistência muscular, é uma disputa com muito mais contato físico e precisa-se estar acostumado a conduzir a bola num piso que oferece muito mais resistência e atrito, exigindo um menor contato entre a pelota e o chão. Foi nestes jogos na praia, sob a camisa do Juventus, que se avistou o talento do garoto Leovegildo Lins da Gama Júnior. Para alguns era o Léo, para a história do futebol mundial o Júnior, lateral esquerdo da seleção brasileira na Copa de 1982. Ele foi levado para treinar na Gávea e de lá só foi sair muitos anos depois, quando brilhou nos gramados italianos com as camisas do Torino e do Pescara". (A NAÇÃO, pgs. 99-100)

"em uma sondagem realizada em novembro de 2006 pelo jornal italiano La Repubblica, Zico apareceu em primeiro na lista que apontou os dez brasileiros que mais marcaram o campeonato italiano. Foram eles, em ordem: Zico, Falcão, Kaká, Careca, Júnior, Ronaldo, Cerezo, Aldair, Cafu e Emerson". (A NAÇÃO, pg. 144)


Como treinador, treinou o Flamengo em 1993-94 (53 jogos) e em 1997 (23 jogos). Foi diretor de futebol do clube em 2004. Posteriormente, foi comentarista de futebol na televisão, na Rede Globo e no canal de TV fechada SporTV, da Rede Globo.

Júnior como comentarista na TV

segunda-feira, 4 de junho de 2012

ZICO: um Menino Prodígio

Carreira: 1971-1983 Flamengo; 1983-1985 Udinese (Itália); 1985-1989 Flamengo; 1991-1992 Sumitomo Metals (Japão); 1992-1994 Kashima Anthlers (Japão).

Pelo Flamengo foram 721 jogos e 502 gols.


Pela Seleção Brasileira foram 72 jogos e 52 gols.

"O refinamento de sua habilidade para o futebol se deu nas estreitas quadras do futebol de salão, esporte cujo principal reduto na cidade, naqueles tempos, era a Zona Norte. Depois de se destacar nas peladas de rua em seu bairro natal, Quintino, o garoto Arthurzico foi levado para o River Futebol Clube, do bairro da Piedade, onde treinou e jogou por três anos. Arthur Antunes Coimbra, o Zico, era irmão de dois ex-jogadores de futebol, e sua técnica, logo cedo, chamou a atenção dos que o viram jogar amadoramente". (A NAÇÃO, pg. 100)

"Um fato curioso e quase que esquecido é que o primeiro gol do Flamengo em Campeonatos Brasileiros foi feito na segunda rodada do campeonato daquele ano, sobre o Bahia, na Fonte Nova, num empate por 1 a 1 (na estreia, o time fora derrotado por 1 a 0 pelo Sport Recife, na Ilha do Retiro). O autor desse gol foi um garoto franzino e aloirado, de 18 anos, que fazia apenas a sua quarta partida no time profissional: Zico". (A NAÇÃO, pg. 102)

"Na temporada de 1974, a sua segunda como titular do Flamengo, Zico já mostrou o quanto era diferenciado. Bateu uma marca histórica, superando os 46 gols de Dida na temporada de 1959. Ele fez 49 gols naquele ano, a maior marca já vista na Gávea até aquele momento da história do clube. Por isso, entre outras razões, caiu de imediato nas graças da torcida". (A NAÇÃO, pg. 111)

"Se em 1974, com 21 anos apenas, Zico já conseguira bater a marca histórica de 49 gols em um ano (superando a marca anterior de Dida, com 46), sua segunda temporada como titular absoluto foi para bater seu próprio recorde. Ele fez 51 gols ao longo do ano de 1975, e, com apenas 22 anos, superava a marca de cem gols com a camisa do Flamengo, feito que, até aquele momento, somente doze jogadores haviam conseguido na história do clube. Ele não pararia mais de bater recordes. Na temporada de 1976, ele fez 56 gols, voltando a bater sua marca, e tornou-se, ainda jovem, com 23 anos, o quarto maior artilheiro da história do clube, atrás somente de Dida, Henrique e Pirilo". (A NAÇÃO, pg. 114)

"Naquela temporada (1979), Zico estava endiabrado. Só até aquele dia, já eram 28 gols em apenas três meses. Só na vitória de 7 a 1 sobre o Goytacaz foram seis. Pouco depois, desta vitória por 5 a 1 no Atlético (MG), na qual fez três, ainda houve um 7 a 1 no ADN, de Niterói, em que foram outros seis gols. Em 11 de julho, numa vitória por 4 a 3 sobre o Goytacaz, Zico fez os quatro. Chegou a sessenta gols naquela temporada ainda na metade do ano, superando seu próprio recorde de gols numa temporada. Dois jogos depois, na vitória sobre o Olaria, ele já era o primeiro jogador a superar a marca de trezentos gols pelo Flamengo. Terminou o ano tendo feito 81 gols só naquela temporada.

Zico não cansava de quebrar recordes no Flamengo. Com 22 anos, já tinha feito mais de cem gols. Com 24, já era o segundo maior artilheiro da história do Flamengo. Em 1979, com 26 anos, bateu vários recordes: superou Dida e tornou-se o maior artilheiro da história rubro-negra, superou os trezentos gols (ele viria a superar os quinhentos) e, além do mais, com 81 gols, tornou-se o recordista máximo de gols numa única temporada. E, naquele ano, houve mais um recorde: a sexta temporada consecutiva como artilheiro rubro-negro no ano. Cinco vezes consecutivas como artilheiro do Flamengo na temporada, só Nonô, entre 1921 e 1925, e Pirilo, entre 1941 e 1945, haviam conseguido. Silvio Pirilo chegou a uma sexta vez, em 1947 (em 1946, Perácio fez mais que ele). Leônidas da Silva fora por quatro, entre 1937 e 1940. E Dida, apesar de segundo maior artilheiro da história, foi por três, em 1958, 1959 e 1962 (Henrique e Gérson foram, respectivamente, os goleadores máximos em 1959 e 1960). Zico chegou à sua 6ª vez consecutiva, de 1974 a 1979, algo que ninguém havia conseguido na Gávea.

Ele poderia se dar por satisfeito, mas, para felicidade rubro-negra, os tempos áureos sequer haviam começado, e ele não parou por aí... como o próprio Zico afirmou em sua biografia, era preciso matar um leão por domingo. Nestes tempos, havia quem afirmasse que ele era craque de laboratório (em alusão ao tratamento para que ele ganhasse massa muscular, feito pelo departamento médico do Flamengo). A imprensa de São Paulo contestava sua presença na seleção brasileira, Zico seria apenas jogador de Maracanã. Só quando ele foi três vezes campeão brasileiro, uma vez da Libertadores e uma vez do Intercontinental, é que estes argumentos foram sendo derrubados. Na Copa do Mundo de 1982, formou um dos maiores meios de campo da história do futebol mundial – Toninho Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico – mas não conquistou o Mundial pela seleção. Ele era um craque completo. Os números só confirmam aquilo que os olhos contemporâneos a seus dias de glória tiveram a felicidade de ver ao vivo". (A NAÇÃO, pgs. 124-125)



Foi diretor, técnico e conselheiro do Kashima Anthlers. No Rio de Janeiro, fundou e administrou o CFZ (Centro de Futebol Zico), que disputou a Segunda Divisão do Campeonato Carioca nos Anos 90. Trabalhou com diretor de futebol do Flamengo em 2011. Como treinador trabalhou em: 1999-2001 Kashima Anthlers (Japão); 2002-2006 Seleção do Japão; 2006-2008 Fenerbahce (Turquia); 2008-09 Bunyodkor (Uzbequistão); 2009 CSKA Moscou (Rússia); 2009-10 Olimpiakos (Grécia); 2011-12 Seleção do Iraque.

sábado, 2 de junho de 2012

É a hora de responder à pergunta "Viraremos pela-sacos de paulistas?"

Oferecendo um salário R$ 1,2 milhão mensal e um contrato de quatro anos, o Flamengo desbancou Grêmio e Palmeiras e apresentou Ronaldinho no dia 12 de janeiro de 2011. O Grêmio que chegou a montar uma festa para anunciar a chegada do jogador, criado em suas divisões de base, mas não contavam com o acerto com o Flamengo. A foto com os funcionários recolhendo as caixas de som no dia esperado para a apresentação foi um duro golpe aos corações gremistas. Quase 17 meses depois os corações rubro-negros foram os que saíram feridos: o vínculo foi rompido por ordem de uma sentença judicial dada na Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro em 31 de maio de 2012, cobrando indenização de R$ 40 milhões a ser paga pelo C. R. Flamengo.

Entre as muitas opiniões a que melhor resumiu tudo, para mim foi: "O que se notou escancaradamente foi a dificuldade do Flamengo em arrumar um forte patrocinador. Nesta tônica, escancarava-se também a falta de apelo de Ronaldinho no mercado publicitário, não fechando nenhum acordo com relevância. Sua imagem era desvalorizada a cada nova polêmica e má atuação" - por Eduardo Esteves, publicado no Yahoo no artigo "Ronaldinho escancarou dificuldades do marketing do Fla".

Há uma crítica no mesmo artigo que também é válida, afinal o Flamengo não é uma mera vítima nessa história, tem que se reconhecer os erros, e a crítica de Eduardo Esteves é procedente: "Pelo lado do clube, o amadorismo no trato com potenciais patrocinadores e novos contratos, a falta de planejamento, a demora em utilizar a imagem de Ronaldinho (com pífios produtos com seu nome no varejo)".

Também é válido o registro da opinião de André Amaral, do blog Ninho da Nação: "O primeiro contrato com a Traffic foi um negócio de risco assumido publicamente pela empresa. Pro Flamengo estava muito bom: teria o jogador, pagaria 20% do salário e não teria com que se preocupar em vender a imagem do jogador. Só que o sonhado patrocínio máster não veio, o sócio-torcedor estava amarrado com outra empresa, os produtos licenciados atrasaram. A gota d'água foi o patrocínio fechado pela empresa do Ronaldo Nazário, excluindo a parceira. Quem aguenta? A Traffic não aguentou. Sofreu internamente vários problemas financeiros, perdeu direitos de transmissão da Conmebol, demitiu vários funcionários e pediu pra sair. Viu que o retorno não viria e largou a bomba na mão da Patrícia Amorim. A presidente aceitou porque perder Ronaldinho - depois de ter perdido Thiago Neves pro rival, seria uma tragédia para as eleições. O tiro saiu pela culatra".

Eu cobrei aqui no artigo Viraremos pela-sacos de paulistas? que houvesse a defesa da imagem do Flamengo sobretudo. O discurso inicial do clube foi firme, como destaco abaixo, a guerra jurídica vai ser longa, mas é bom que os argumentos estejam certos, se não o custo será altíssimo, para as finanças e para a história do Flamengo.

"Ronaldo cometeu duas indisciplinas, a última foi não comparecer a uma viagem. Já tínhamos o nosso planejamento (afastamento), tinha que comunicar para a presidente o que faríamos. Para surpresa, houve a antecipação do Ronaldo e das pessoas que respondem por ele de pedir esse desligamento. A corda apertou mesmo, não tinha mais conversa fiada, regalia para ninguém. Acredito que esse foi um dos motivos que fizeram ele tomar a atitude de sair. Infelizmente, pela porta dos fundos. Não era o objetivo do Flamengo. (...) Por parte do departamento de futebol, todos os esforços foram feitos. Ele não quis. Quem errou com o departamento de futebol foi o Ronaldo. Vamos ser sinceros. Não teve uma conduta profissional, de atleta profissional. Isso é inadmissível. (...) O Flamengo está acima de Ronaldo, do Zinho, de todos. Nenhum atleta é mais importante que o nome Flamengo. É fato. A conduta é essa. Acabou a bagunça" - Zinho, Diretor Executivo de futebol do Flamengo, 1/06/12

"O Flamengo será implacável na busca pelos seus direitos. Eu repito: implacável. Devemos isso ao Flamengo. Me desculpem, torcedores, se em algum momento o Flamengo falhou. Não há jogador, dirigente, que possa achar que tem o tamanho da envergadura do Flamengo. A luta começa agora" - Patrícia Amorim, Presidente do Flamengo, 1/06/12

"Virou uma questão de honra, é uma causa que vocês podem ter certeza que vamos reverter. Seja onde for. Pensamos em fazer isso por tudo que o Flamengo passou quando ele esteve aqui. Danos morais causados ao Flamengo, mas prefiro não antecipar nada juridicamente. Estamos preparando um tiro de canhão. A mobilização é geral" - Rafael De Piro, Vice-presidente Jurídico do Flamengo, 1/06/12.

Segundo o jornalista Lúcio de Castro, da ESPN Brasil, o novo contrato feito em 2012 tem a seguinte cláusula: "a falta de pagamento daria direito a rescisão! Cinco milhões de multa e mais o resto do contrato até 2014". Documento assinado pelo Flamengo. A contra-argumentação do Flamengo é que só deve direitos de imagem e não salário, e que direitos de imagem não constituem razão para ação trabalhista. Nãoi é um ponto trivial, só advogados podem opinar com mais propriedade.

No primeiro contra-ataque à liminar obtida pelo jogador na Justiça que rompe seu vínculo com o clube, o Rubro-Negro, em documento assinado pela presidente Patricia Amorim, enviou na noite desta sexta-feira uma notificação extrajudicial para o presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, com cópias para a CBF e a Federação Paulista. O Flamengo alega ter evidências de uma negociação entre o jogador e o clube paulista antes do rompimento do contrato do atleta com o Fla, o que caracterizaria indução de quebra de vínculo. O Flamengo diz que, caso haja um acerto entre jogador e o Palmeiras, irá à Justiça cobrar indenização de R$ 325 milhões. A diretoria do Verdão negou de forma veemente a acusação.

O documento: “o Flamengo tem evidências de que a Sociedade Esportiva Palmeiras iniciou tratativas para contratação do atleta Ronaldo de Assis Moreira em data anterior à concessão de antecipação de tutela proferida pela 9ª Vara do Trabalho da Comarca do Rio de Janeiro”, o que aconteceu na quinta-feira. Na notificação existe o detalhe de que a negociação estaria sendo financiada por um fundo de investimentos. Caso a negociação se concretize, o Palmeiras fica ciente de que o Flamengo tomará providências judiciais cabíveis em relação ao “reconhecimento de solidariedade” do Palmeiras no pagamento da cláusula indenizatória, e cita “o inciso 1º do caput do art.28 da Lei 9615-98, no valor de R$ 325.000.000,00 conforme previsto no parágrafo segundo do art.28 da citada Lei”. O valor teria que ser pago pelo Palmeiras ao Flamengo.

A provocação do outro artigo ressurge aqui. Agora, é preciso uma defesa veemente da imagem do Flamengo, é o futuro do clube que está em jogo. Mas não basta a retórica, que nas primeiras ações do clube demonstra firmeza, é preciso competência para ser acertivo. Que provas são essas de uma negociação envolvendo Palmeiras e um fundo de investimentos? É bom que sejam convincentes ou a firmeza do contra-ataque se esvairá e virará vergonha! Quais os termos no contrato? Se Lúcio de Castro estiver certo o prejuízo poderá ser enorme!!

E Flamengo é Flamengo


Em 26 de maio de 2012, um sábado, Ronaldinho Gaúcho foi substituído no segundo tempo pelo treinador Joel Santana durante o empate em 3 x 3 com o Internacional pela 2ª rodada do Campeonato Brasileiro 2012, em jogo disputado no Engenhão.

Acima o registro de sua saída de campo, em seu último momento com a camisa do Flamengo.

O Engenhão na noite do último jogo de R10 pelo Flamengo

HALL DA FAMA do C.R. FLAMENGO

A série de histórias para celebrar os 100 Anos de Futebol do Flamengo, que já narrou e ainda narrará outros Jogos Inesquecíveis e outras Grandes Conquistas, abre espaço agora para dedicar aos maiores personagens que protagonizaram os maiores momentos em vermelho e preto nestes 100 anos.

Começaremos a compor o Hall da Fama da Gávea, com os jogadores que mais honraram sua presença sob o manto rubro-negro.

Será dado início à lista com a relação eleita por um fórum de convidados da Editora Maquinária, a responsável pela publicação de A NAÇÃO, dos 10 Mais do Flamengo.


Os eleitos foram: DOMINGOS DA GUIA, LEÔNIDAS DA SILVA, ZIZINHO, DEQUINHA, EVARISTO, RUBENS, DIDA, JÚNIOR, ZICO e LEANDRO. Estes serão os dez primeiros nomes a ingressar no Hall da Fama deste Blog.

Quem leu A NAÇÃO, e mais especificamente o capítulo 11 - "Heróis da Nação Multidão" (páginas 252 a 267) - sabe que também entrarão os nomes das seleções dos Primeiros 50 Anos e dos Últimos 50 Anos.

Da Seleção dos Primeiros 50 Anos do Flamengo: GARCIA, BIGUÁ, NILTON CANEGAL, JOEL, PIRILO e VEVÉ.

Da Seleção dos Últimos 50 Anos do Flamengo: RAUL, MOZER, REYES, ANDRADE, ADÍLIO, DOVAL, BEBETO e ROMÁRIO.

Ademais destas três primeiras listas, naturalmente haverá espaço também para grandes personalidades e talentos, como: NUNES, JORGINHO, RENATO GAÚCHO, PETKOVIC, ADRIANO e RONALDINHO GAÚCHO.

Esta primeira lista já traz 30 nomes deste Hall da Fama. Um seleto grupo, riquíssimo em genialidade na arte do esporte bretão. Haverão outros, fiquem ligados ... 

José Alves Neto é o novo treinador do basquete do Flamengo

Apenas cinco dias após sua eliminação na semi-final da Liga Nacional e o Flamengo já planta o principal pilar para a próxima temporada, definindo seu novo treinador. Que trabalhará com um grupo remodelado, pois todos os estrangeiros dessa temporada já estão fora da Gávea: Gonzalo Garcia será o treinador do La Unión de Formosa, Federico Kammerichs já acertou seu retorno ao Regatas de Corrientes, e David Jackson já assinou contrato com o Gimnasia Indalo, de Comodoro Rivadavia. Todos três disputarão a próxima temporada da Liga Argentina. Christopher Hayes está fora dos planos para o próximo ano.

A chageda de José Alves Neto ao Flamengo é mais uma marca de uma nova era no basquete rubro-negro. A história do basquete do Flamengo está dividida nas seguintes etapas: Kanela é um capítulo a parte, treinou o time de 1948 a 1970. Entre 1971 e 1990, o basquete rubro-negro teve como treinadores nomes da escola carioca: Algodão, Tude Sobrinho, Pingo e Emanuel Bonfim; nesse período abriu-se uma exceção na Taça Brasil 1988-89, quando o time foi treinado pelo paulista Zé Boquinha. Depois as portas do basquete rubro-negro estiveram fechadas entre 1991 e 1993. Foram reabertas em 1994 nas mãos de Miguel Ângelo da Luz, outro treinador da escola carioca. Entre 1997 e 2003, o clube foi treinado por treinadores consagrados no basquete masculino nacional: Ary Vidal (1997-98), Zé Boquinha (1998-99) e Cláudio Mortari (1999 a 2001). Voltou para a escola carioca com Miguel Ângelo da Luz (2002 e 2003) e Emanuel Bonfim (2004).

Depois de fechar as portas em 2005, reativou o basquete com um treinador até então desconhecido no cenário nacional: Paulo Chupeta, treinador de 2005 a 2010. Desde então começou uma nova era, fugindo das duas linhas seguidas até então: ou a "escola carioca" ou "medalhões de renome". O primeiro projeto a revolucionar esta linha foi com o argentino Gonzalo Garcia, treinador do time nas temporadas 2010-11 e 2011-12, agora se seguirá esta linha com José Alves Neto na temporada 2012-13. 


José Alves Neto é jovem, tem 40 anos, quase a mesma idade de Marcelinho Machado. É paulista, da pequena cidade (150 mil habitantes) de Itapetininga, no sudoeste do estado de São Paulo, e é formado em Educação Física pela USP.

José Neto foi treinador das categorias de base do Paulistano. É Assistente-técnico na Seleção Brasileira adulta desde 2004. Neto comandou Seleções Brasileiras de base, tendo conquistado a Medalha de Bronze na Copa América Sub-18 nos Estados Unidos em 2006, e a 4ª colocação no Mundial Sub-19 da Sérvia em 2007. Na Seleção principal foi o braço direito do espanhol Moncho Monsalve e é desde 2010 um dos assistentes do argentino Ruben Magnano.

Zé Neto, em clubes, além do trabalho no Paulistano, foi treinador do Palmeiras no Campeonato Paulista 2010-11, mas seu principal trabalho foi na última temporada, quando levou o Joinville à 7ª colocação na Liga Nacional 2011-12, chegando à frente de Franca, Paulistano e Limeira.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Olho neles!


O time do Peñarol de Mar del Plata é tri-campeão argentino, comandado por Sérgio Hernández, um time que mudou muito pouco ao longo das três temporadas em que faturou o título - 2009-10, 2010-11 e 2011-12 -.

Na primeira destas três temporadas, jogava com Pablo Rodríguez, Kyle Lamonte, Marcos Mata, Léo Gutiérrez e Martin Leiva. Na última temporada jogou com Facundo Campazzo, Kyle Lamonte, Marcos Mata, Léo Gutiérrez e Martin Leiva.

A maior mudança foi a saída de Kyle Lamonte para o Flamengo no fim de 2010, mas depois de três jogos vestindo o vermelho e o preto, o norte-americano rompeu o acordo e voltou para a equipe de Hernández.

Léo Gutierrez, em 2008, defendendo o Boca Juniors, enfrentou o Flamengo na semi-final da Liga Sul-Americana (o time rubro-negro avançou à final, mas perdeu o confronto para o Regatas de Corrientes) e naquela oportunidade deu declarações à imprensa se dizendo impressionado com a torcida do Flamengo, e que gostaria de jogar ao lado dela algum dia. Houveram flertes depois disso, mas o namoro nunca foi sacramentado.

Outro que foi comandado de Hernández no Peñarol, na temporada 2008-09, foi David Jackson, que acabou naquela oportunidade eleito o MVP da Liga Argentina naquela temporada. Ele acabou também fazendo parte dessa campanha, depois da eliminação do Flamengo no último domindo, seguiu para a Argentina e usou a camisa do Peñarol, substituindo o lesionado Kyle Lamonte,  nos jogos de segunda-feira e de ontem, dois últimos da série que o time de Mar del Plata fechou em 4x2.

Atenção! A próxima será a última temporada de contrato de Hernández com o Peñarol. Depois de 2012-13 ele estará livre. O Flamengo já o convidou para assumir a equipe em dezembro de 2010, mas ele recusou o convite e indicou Gonzalo Garcia, último treinador rubro-negro.

Sérgio Hernández concentra os títulos da Liga Argentina ao lado de Julio Lamas e Rubén Magnano. Os três são os treinadores mais vitoriosos da Argentina, tendo sido os três últimos treinadores da Seleção. Magnano treinou a equipe da Argentina de 2001 a 2004, tendo sido Vice-campeão Mundial em 2002 e Campeão Olímpico em 2004. Sérgio Hernández treinou a Argentina de 2005 a 2008, tendo conseguido a Medalha de Bronze nas Olimpíadas de Pequim. Já Julio Lamas é o treinador da Argentina desde 2009 e vai para sua primeira Olimpíada. Enfrentará Ruben Magnano, desde 2010 técico da Seleção Brasileira.

Estes três treinadores venceram 12 dos últimos 16 Campeonatos Argentinos!

Hernández ganhou a liga pela 6ª vez, foi bi-campeão com o Estudiantes de Olavarría em 1999-00 e 2000-01, campeão com o Boca Juniors em 2003-04 e agora é tri-campeão com o Peñarol. Também foi 2 vezes Campeão da Liga das Américas com o Peñarol 2007-08 e 2009-10 e 2 vezes Campeão do Torneio Interligas Brasil-Argentina, em 2010 e 2012.

Magnano venceu 4 temporadas com o Atenas de Córdoba as temporadas 1991-92, 1997-98, 1998-99 e 2008-09. Lamas, que também já treinou o Real Madrid, venceu a Liga em 3 vezes (1996-97 com o Boca Juniors, 2004-05 com o Ben-Hur de Rafaela e 2007-08 com o Libertad Sunchales).

Só Gabriel Piccato e Fernando Duro foram os técnicos que conseguiram impedir um título de um deles nas últimas temporadas.

Eu gostaria muito de ver Sérgio Hernández treinando o Flamengo! Quem sabe, enfim, junto a Léo Gutiérrez, jogador já por 3 vezes eleito o melhor do campeonato argentino. Seria fantástico!