sábado, 29 de setembro de 2012

Taça Libertadores de 1981

"A epopeia do Flamengo na disputa de sua primeira Taça Libertadores da América, da qual debutou como campeão, começou tumultuada. O grupo do Flamengo era bastante difícil, com Atlético Mineiro, Olímpia e Cerro Porteño. Na estreia, o Mengo empatou por 2 a 2 com o Atlético no Mineirão, em Belo Horizonte. Em seguida, goleada de 5 a 2 sobre o Cerro Porteño no Maracanã e, um tropeço, empate por 1 a 1 com o Olímpia no Maracanã. Em seguida, mais um empate por 2 a 2 com o Atlético, desta vez no Maracanã. Nas duas últimas rodadas, dois jogos complicados em Assunção, no Defensores del Chaco; o Flamengo voltou a ganhar com folga do Cerro Porteño (4 a 2) e a empatar com o Olímpia (0 a 0). Terminou empatado em primeiro com o Atlético Mineiro, e só o campeão de cada grupo avançava. A partida desempate foi jogada no Serra Dourada, em Goiânia. Este jogo foi marcado por uma grande confusão, o árbitro expulsou três jogadores do Atlético ainda no primeiro tempo. A equipe atleticana simulou, então, contusões, e a partida terminou aos 37 minutos do primeiro tempo, sem que ninguém houvesse mexido no placar. A Confederação Sul-Americana deu a vitória ao Flamengo, que avançou na competição.

Flamengo x Olimpia


Difícil na Libertadores de 1981 foi passar da primeira fase. A segunda fase, que tinha dois grupos de três times, dos quais o campeão de cada seria um dos finalistas, foi bem mais fácil. O Flamengo encarou o Deportivo Cali, da Colômbia, e o Jorge Wilsterman, da Bolívia, e conseguiu quatro vitórias em quatro jogos: 1 a 0 sobre o Deportivo em Cali, 2 a 1 sobre o Wilsterman em Cochabamba, 3 a 0 sobre o primeiro no Maracanã e 4 a 1 sobre os bolivianos. Mengão na final, contra o Cobreloa, do Chile.


Adílio e Zico

Foi uma pedreira, literalmente, porque com pedras na mão, o zagueiro chileno Mario Soto (que em 1977 havia jogado no Palmeiras) provocou cortes no supercílio de três rubro-negros na segunda partida da final, em território chileno. O Flamengo venceu a primeira, por 2 a 1, no Maracanã. Perdeu por 1 a 0 em Santiago. O terceiro jogo, de desempate, em campo neutro, foi no estádio Centenário, em Montevidéu. Deu Mengão 2 a 0. Campeão da América!" (A NAÇÃO, pg. 130)
O time campeão tinha: Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. O treinador era Paulo César Carpegiani. No banco, tinha Figueiredo, Peu e Baroninho.










quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Flamengo é Flamengo


"Grandes clubes há vários; diferenciado, há apenas um. O espírito em sincronia de uma multidão dá a estas cores a dimensão diferenciada que ela tem. O povo, rico ou pobre, preto ou branco, religioso ou ateu, carioca ou não, dá vida própria a estas cores. Dá-lhe alma. Dá-lhe espírito. Como afirmou Ruy Castro em sua obra O vermelho e o negro, “O Flamengo é o cimento que dá coesão nacional, do Oiapoque ao Chuí.” Suas cores materializam e encarnam a máxima de Nélson Rodrigues de que o futebol, e só ele, faz com que um sujeito perca qualquer sentimento de sua própria identidade e torne-se também multidão". (A NAÇÃO, pg. 267)
 
Ontem, mais uma vez se materializou o espírito de Como e Por que o Flamengo é Flamengo. 40 mil pessoas lotaram o Engenhão para empurrar o time. Era o reencontro entro Flamengo e Ronaldinho Gaúcho. A multidão queria dar sua mensagem! E deu. No autêntico espírito do que é o Flamengo. Ontem não interessava se o rubro-negro era o 1º ou o 20º na tabela. Se a Zona de Rebaixamento estava perto ou ficou mais longe. Nada importava senão fazer transbordar a alma traída em vermelho e preto. O espírito da República Paz e Amor que está nos primeiros capítulos de A NAÇÃO esteve visível.
 
Não foi uma festa nem maior nem menor que a que outras torcidas são capazes de fazer. Foi simplesmente diferente... E sem violência! Com muito Carnaval. Autenticamente Flamengo!
 
 
"Entretanto, seu maior ativo jamais se deprecia ou se desvaloriza com o tempo: a força da multidão. E essa, o rubro-negro tinha a seu lado. E com um diferencial em relação aos demais: em escala verdadeiramente nacional e não apenas regional". (A NAÇÃO, pg. 251)
 
Não só na vitória de 2 a 1 sobre o Atlético Mineiro no Engenhão, como no domingo, na vitória de 2 a 1 sobre o Atlético Goianiense no Serra Dourada, materializou-se o genuíno espírito flamenguista, não este manipulado, financiado e executado por agentes infiltrados de interesses políticos outros....
 
Se eu fosse dirigente do Flamengo, este ano, depois que o Flamengo se encontrasse matematicamente longe do risco de degola, eu iria realizar um jogo em Goiânia no qual o mando de campo fosse rubro-negro. Aquela torcida merece uma retribuição! 
 
“Flamengo, tua glória é lutar. Eu teria um desgosto profundo se faltasse o Flamengo no mundo. É o meu maior prazer vê-lo brilhar. Quando o Mengo perde eu não quero almoçar, eu não quero jantar. Eu sempre te amarei, onde estiver, estarei. Quero cantar ao mundo inteiro a alegria de ser rubro-negro. Flamengo até morrer eu sou, com muito orgulho, com muito amor.” (A NAÇÃO, pg. 266)
 
 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Campeão Brasileiro de 2009

"Motivado pela conquista do penta-tri, o Flamengo se encheu ainda mais de esperanças para a disputa do Campeonato Brasileiro de 2009 após acertar com o atacante Adriano, o Imperador.
(...) A história rubro-negra naquele ano, entretanto, começou a mudar na 22ª rodada, passando por três personagens em especial, contratados ao fim do primeiro turno. O primeiro deles foi o zagueiro Álvaro, contratado ao Internacional, que chegava para tentar suprir a ausência de Fábio Luciano. O segundo foi o cabeça de área chileno Maldonado, ex-jogador de São Paulo, Cruzeiro e Santos, e que estava jogando no Fenerbahce, da Turquia. O terceiro foi o meia sérvio Petkovic, herói do quarto tricampeonato rubro-negro em 2001.

(...) O time titular arquiteto de tal façanha tinha: Bruno, Leonardo Moura, Álvaro, Ronaldo Angelim e Juan; Maldonado, Aírton, Willians e Petkovic; Zé Roberto e Adriano.


A campanha rubro-negra teve atuações memoráveis da dupla Petkovic e Adriano, que obtiveram resultados gloriosos, dentre os quais o mais reluzente foi a vitória por 2 a 0 sobre o então líder Palmeiras, dentro do Parque Antarctica, em São Paulo, com dois gols do meia sérvio, um dos quais tendo sido um gol olímpico. Uma rodada antes, os rubro-negros já haviam batido os são-paulinos, de virada, por 2 a 1 no Maracanã.

A sequência de bons resultados rubro-negros foi interrompida na 32ª rodada, quando o time foi derrotado por 2 a 0 pelo Barueri em São Paulo. Com a derrota, o time caiu para a sexta posição, não tendo sido poucos aqueles que afirmaram que o resultado tirava o clube da briga por uma vaga na Taça Libertadores do ano seguinte (os quatro primeiros garantiriam presença). O líder Palmeiras estava seis pontos à frente; o vice-líder, São Paulo, quatro.

Na sequência vieram três vitórias rubro-negras para calar os críticos. Na primeira, o time superou o Santos no Maracanã. Em seguida, mais uma atuação épica, contra o Atlético Mineiro, então terceiro colocado, com uma vitória por 3 a 1 em pleno Mineirão lotado, e com direito a novo gol olímpico de Petkovic.

(...) A briga estava extremamente acirrada. O líder agora era o São Paulo, com 59 pontos, seguido por Palmeiras com 58, Flamengo com 57, Atlético Mineiro com 56, Cruzeiro com 54 e Internacional com 53. Na rodada seguinte, mais uma vitória fora de casa, sobre o Náutico, em Pernambuco, e o Flamengo então ultrapassou o Palmeiras, assumindo a vice-liderança, dois pontos atrás do líder a três rodadas do término da competição. A chance de conquistar o sexto título brasileiro estava muito próxima, como jamais esteve antes.

(...) A partida transcorria e a ansiedade era cada vez maior. O time, em campo, mostrava-se afoito. A torcida, na arquibancada, exalava angústia. Pelos bares da cidade, milhões de pessoas viviam a expectativa de ver a rede balançando para colocar aquela nação dentro da nação na liderança do campeonato. Os goles de cerveja buscavam hidratar a secura na garganta pelo grito de gol que bradava por sair. Corações mais nervosos até evitavam assistir à transmissão, mas ficavam mais acelerados a cada vez que o barulho emanado das ruas, de dentro dos bares, indicava uma chance de gol. Só que ele não saiu. O empate sem gols impediu que o Flamengo assumisse a liderança faltando apenas duas rodadas para o término da competição. O desafio seguinte seria enfrentar o Corinthians no estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, para onde o encontro entre as duas maiores torcidas do Brasil foi transferido, a pedido da polícia militar de São Paulo, que tinha outro jogo decisivo para cuidar no mesmo horário, entre Palmeiras e Atlético Mineiro. Em Goiânia, o mesmo Goiás que quitara pontos rubro-negros teria pela frente o líder São Paulo, que tinha um ponto de vantagem. A penúltima rodada, no domingo seguinte, prometia fortíssimas emoções. Todos os jogos começariam no mesmo horário, com quatro clubes na luta direta pela glória. A missão em vermelho e preto ficou mais inglória quando foi anunciado, no fim da tarde de sexta-feira, que Adriano, o artilheiro do campeonato, estava fora do jogo por causa de uma queimadura no pé sofrida num acidente doméstico.

Iniciada a partida, não tardou a vir a notícia de que havia saído o primeiro gol são-paulino no estádio Serra Dourada. As possibilidades rubro-negras naquele momento pareciam a caminho da ruína. Porém, alguns minutos depois veio o empate do Goiás. As chances ficaram grandes quando Toró fez lançamento para Zé Roberto aos 26 minutos do primeiro tempo; este ganhou do zagueiro, penetrou a área e bateu cruzado à queima-roupa. O Flamengo abria o placar e, naquele momento, tornava-se líder do campeonato, já que levava vantagem sobre o tricolor paulista nos critérios de desempate. Antes ainda do fim do primeiro tempo, a equipe goiana virou o jogo. A vantagem na tabela se ampliava, mas só se sustentaria se o time rubro-negro vencesse o jogo. O primeiro tempo terminou e os primeiros 45 minutos da rodada faziam a torcida sonhar. No decorrer do segundo tempo, mais razões para comemorar, o Goiás fez 3 a 1 em Goiânia. Alguns minutos depois, nova apreensão: 3 a 2. Até que Léo Lima sacramentou 4 a 2. Leonardo Moura ainda fez um segundo gol rubro-negro já nos acréscimos. A uma rodada do fim do Brasileiro, o Flamengo, pela primeira vez na competição, assumia a liderança, e agora dependeria apenas de suas próprias forças para sacramentar o título. No domingo seguinte, o adversário era o Grêmio, no Maracanã.

A 37ª rodada terminou com o líder Flamengo com 64 pontos, seguido por um tríplice empate nos 62 pontos entre Internacional, Palmeiras e São Paulo. A turma da Gávea não podia nem cogitar em empatar, pois estava em desvantagem em relação a Internacional e Palmeiras nos critérios de desempate. Já fora da luta pelo título estavam os rivais de Belo Horizonte, o Cruzeiro com 59 pontos e o Atlético, 56.

A ansiedade daquele confronto de duas semanas antes frente ao Goiás voltaria a se repetir? O Maracanã, lotado, ficou ainda mais tenso e ansioso quando o Grêmio abriu o marcador, aos 21 minutos do primeiro tempo. O time do Flamengo jogava mal e de forma displicente. A torcida tentava empurrar, a equipe se jogava para o ataque. Oito minutos depois do gol gremista, o zagueiro David, que substituía Álvaro, suspenso por ter tomado o terceiro cartão amarelo no jogo anterior, aproveitou bate-rebate na área e empatou o jogo. Mas o resultado ainda não era suficiente porque Internacional e São Paulo goleavam em seus jogos. Só a vitória faria o troféu ir parar na Gávea. Até que, aos 26 minutos do segundo tempo, Petkovic cobrou escanteio e o zagueiro Ronaldo Angelim subiu mais do que todos e testou para as redes: 2 a 1. Mengão hexacampeão!!!!!!" (A NAÇÃO, pgs. 245-249)




Veja mais: A Temporada do Flamengo em 2009


Veja ainda: Ficha Técnica - Campeão Brasileiro de 2009 - 1º Turno


Veja ainda: Ficha Técnica - Campeão Brasileiro de 2009 - 2º Turno

domingo, 23 de setembro de 2012

Campeão Brasileiro de 1992

"O Flamengo já largou vencendo bem no início do Brasileiro. Bateu o Palmeiras em São Paulo e fez uma partida memorável no Maracanã contra o São Paulo (encontro dos campeões Carioca e Paulista), vencida por 3 a 2. O time só perdeu na sexta rodada, para o Cruzeiro, dentro do Maracanã. Mas foi uma campanha que teve momentos de apagão também, como nas derrotas para Bragantino e Sport dentro do Maracanã.

Na última rodada, o Flamengo venceu o Internacional por 2 a 0, no Maracanã, e classificou-se em quarto lugar entre os oito que se dividiriam em dois quadrangulares semifinais. O grupo do Flamengo ficou com Santos (8º), São Paulo (5º) e Vasco (1º). Nos confrontos contra o rival do Rio, o favoritismo era todo cruzmaltino, afinal eles tinham terminado a primeira fase na primeira colocação.

O Flamengo empatou a primeira em 1 a 1 e venceu a segunda por 2 a 0, assumindo a liderança do grupo. Na última rodada, precisava vencer o Santos, no Maracanã (venceu por 3 a 1) e torcer por uma vitória do Vasco sobre o São Paulo, em São Januário.

A torcida vibrava com cada gol vascaíno que era anunciado pelo rádio, era uma gritaria como se fosse gol rubro-negro. Mengão na final, frente ao Botafogo, que, com a melhor campanha na primeira fase e a conquista do outro quadrangular, entrava como favorito. E tinha um time muito forte, com: Ricardo Cruz, Odemílson, Renê Playboy, Márcio Santos e Válber; Carlos Alberto Santos, Pingo e Carlos Alberto Dias; Renato Gaúcho, Chicão e Valdeir.

No primeiro jogo da final, o Flamengo arrasou. Com gols de Júnior, Gaúcho e Nélio, fez 3 a 0 logo no primeiro tempo. No segundo jogo, ainda se deu ao luxo de fazer 2 a 0 no primeiro tempo (gols de Júnior e Júlio César). Depois, cedeu o empate, mas começou a festejar muito antes do apito final. Pela quinta vez, o Flamengo era campeão brasileiro". (A NAÇÃO, pg. 160)
O time campeão de 1992: Gilmar, Charles Guerreiro, Wilson Gottardo, Júnior Baiano e Piá; Uidemar, Júnior, Nélio e Zinho; Júlio César e Gaúcho. Téc: Carlinhos. No banco, havia os zagueiros Gélson Baresi e Rogério, o volante Fabinho, os meias Marquinhos, Djalminha e Marcelinho Carioca, e o atacante Paulo Nunes.

sábado, 22 de setembro de 2012

O maior adversário do basquete do Flamengo


Adversários sempre houve muitos, e a massa rubro-negra já está mais do que acostumada ao peso de ser a maior torcida do Brasil, o que implica num clube que é o mais amado e o mais odiado. Enquanto tudo se mantenha dentro da esfera esportiva, nenhum problema. Mas, no Brasil, viver o basquete é completamente diferente de viver o futebol. No contexto esportivo brasileiro, o maior inimigo do basquete do Flamengo é o risco de isolamento.
 
O Flamengo precisa de um basquete nacional forte e descentralizado para se sustentar, pois isto é essencial para atrair financiamento. Um basquete concentrando suas forças exclusivamente no estado de São Paulo é uma séria e constante ameaça à continuidade do time da Gávea. Muitos poderão argumentar que na maior parte da história do basquete brasileiro as coisas foram assim, e o basquete do Flamengo está aí desde 1919 presente, ainda que com algumas interrupções. Mas agora a necessidade de uma estrutura financeira forte é maior, se houvesse um novo distanciamento, certamente seria em escala ainda mais intensa do que no passado, e muito provavelmente de uma forma fatal. Até porque na Gávea não existe a conjugação verbal "ser coadjuvante", logo ou se está brigando no páreo, ou o caldeirão arrebenta.
 
É interessante ver que isto sempre foi uma preocupação no próprio processo de desenvolvimento da atividade no país, eis dois exemplos desta preocupação:
 
"Rio Grande do Sul e Minas Gerais, mesmo estando ainda muito abaixo de cariocas e paulistas, estão melhorando. Mais ainda: o basquete nasceu na Bahia e nasceu no Pará. Dentro de alguns anos vai ser muito mais fácil achar grandes jogadores" - Kanela, em entrevista à revista PLACAR (Edição 82, de 08/10/1971) após a vitória da Seleção Paulista sobre a Seleção Carioca (dirigida por ele) na final do Campeonato Brasileiro de Seleções. O resultado deu o Octacampeonato do torneio para o estado de São Paulo.
 
"É muito ruim (só dar São Paulo) porque a Seleção Brasileira acabou tornando-se, na  verdade, um selecionado paulista, completamente divorciado do resto do Brasil em termos de apelo popular nacional" - Marquinhos Abdalla, então jogador do Corinthians, em entrevista dada à revista PLACAR (Edição 715, de 03/02/1984) durante a disputa da Taça Brasil.
 
Por aí se vê que o problema não é nada novo. Muito se conseguiu evoluir nisso nas últimas duas décadas, mas esta ameaça ainda está aí, vívida!
 
Ultimamente, os estrangeiros até parecem ter uma visão mais clara do que os próprios brasileiros da importância desta descentralização para o desenvolvimento do basquete nacional. O espanhol Moncho Monsalve, que treinou a seleção maculina em 2009 deu a seguinte declaração em 15/07/2009, publicada no site da LNB: "Este país é tão grande que encontramos problemas logísticos, quantos valores não perdemos por ano na imensidão do país? Então penso que temos que difundir e melhorar a estrutura do basquete em todo Brasil, criarmos pelo menos um centro de excelência de formação em cada Estado". O argentino Ruben Magnano, que sucedeu Moncho como treinador da seleção, dedicou boa parte de seu tempo a visitar de perto o trabalho em centros menos ricos, foi ao Acre, a Manaus, ao Espírito Santo e decidiu morar em São Sebastião do Paraíso, interior de Minas, para acompanhar mais de perto o trabalho nas seleções brasileiras de base.
 
É muito importante para o Flamengo que haja um basquete forte fora de São Paulo, capaz de enfrentar as eqipes paulistas de igual para igual. Mas a força do capitalismo financeiro vai sempre tentar induzir a concentração. É necessário uma estratégia ativa contra estas forças centralizadoras.
 
Para o desenvolvimento do basquete brasileiro, o NBB foi um largo passo, o calendário é um problema, a popularização um desafio e o maior de todos, e o ponto chave para a sustentação de todos os pontos anteriores, na minha opinião, é: como sustentar estruturas fora do Estado de São Paulo?
 
Numa rápida pesquisa na internet, o Mapa do basquete masculino no Brasil hoje tem 16 times no Campeonato Paulista, 5 no Mineiro (incluindo dois do Minas Tênis), 4 no Carioca, e Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná oscilando entre 4 e 5 nos Estaduais. A pergunta é: dá para fazer a sonhada Segunda Divisão do NBB com isso? O fato é que nestes estaduais com 4 ou 5 times, temos 3, 4 ou até 5 equipes de qualidade sofrível. Como entre os 16 paulistas, a metade tem qualidade muito baixa.
 
O que houve mais próximo de uma Segunda Divisão foi a Copa Sudeste de 2011, que reuniu 7 times de SP, RJ e MG jogando em turno e returno. Para 2012, ao invés de progresso, houve regresso, e a Copa Sudeste foi um Quadrangular Paulista.
 
No Sul, fora o auto-sustentável (até quando?) projeto de Joinville, há "sopros de basquete" em Londrina, Maringá e Campo Mourão (no PR), Videira, Brusque e Blumenau (em SC) e Caxias do Sul, no Corinthians de Santa Cruz e no Bira de Lajeado (no RS). No Sudeste, fora os 10 paulistas, 2 cariocas e 2 mineiros no NBB, há Metodista/São Bernardo, América de Rio Preto, Jacareí, Rio Claro e Internacional de Santos (além do XV de Piracicaba também ativo) jogando basquete no estado de SP. Em Minas, o Estadual terá Ginástco e Mackenzie (São Sebastião do Paraíso depois de um sopro de time profissional em 2011 sumiu, por que? difícil entender). No Rio, Botafogo e Riachuelo (o Fluminense não consegue ir além dos times de base, e Macaé parece ter sucumbido). Quantos destes outros projetos teriam condições de bancar financeiramente a participação numa 2ª divisão nacional?
 
Por último, mas não esquecendo dele, no Sudeste tem o Espírito Santo, onde Vila Velha, apesar da presença confirmada no NBB respira por aparelhos. E o Vitória (ou Saldanha da Gama)? Está tentando ressucitar, mas as esperanças são poucas. Lamentável. Era um lugar que com um pouco de apoio externo, o basquete teria florescido... na terra de Anderson Varejão, não devemos esquecer.
 
Fora do Eixo Sudeste-Sul, tem o solitário e multi-campeão projeto de Brasília, o jovem projeto em Fortaleza, o tradicional basquete do Sport Recife. O São José do Amapá, grande surpresa da SuperCopa 2011, ao obter um 4º lugar, também sumiu (outro projeto que com um pouco de auxílio externo, poderia germinar frutos). O fato é que o desafio para atingir o eixo Norte-Nordeste é superar os custos de transporte, e aí falando de 2ª Divisão, o problema é ainda maior.
 
É difícil, portanto, que uma Segunda Divisão do NBB não consiga passar de um Mini-Campeonato Paulista, e isto será meio caminho para o projeto agonizar, pois ninguém precisa disso uma vez que já há o Campeonato Paulista.
 
Este é o grande ponto a ser superado, manter o basquete além das fronteiras do Estado de SP. Para mim, é condição crucial para popularizar e manter o crescimento do basquete no Brasil. Seria fundamental também um torneio paralelo ao Paulista entre os times dos outros estados, talvez fosse o primeiro grande passo para viabilizar uma Segunda Divisão. Daria para fazer um torneio com pelo menos 12 times, reunindo Brasília, Flamengo, Uberlândia, Minas Tênis, Joinville, Vila Velha, Tijuca Tênis e Basquete Cearense, e dentre os que poderiam se somar a eles: Sport Recife, Bira Lajeado, Campo Mourão, Londrina, Corinthians Gaúcho, Vitória, São Sebastião do Paraíso ... deveria ser aos moldes da Liga das Américas, com Quadrangulares concentrados em determinadas cidades-sedes (barateando transporte e buscando centros que dessem retorno em presença de público). De preferência um "torneio batizado", levando o nome de alguma empresa em troca do financiamento dos deslocamentos das equipes de menor capacidade de financiamento...

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Campeão Brasileiro de 1987

"O Flamengo tinha um timaço, com: Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Edinho e Leonardo; Andrade, Ailton e Zico; Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho. Um time no qual, até aquele momento, só três jogadores não haviam vestido a camisa da seleção brasileira (Leonardo, Ailton e Zinho – porém, dois deles vieram a vestir depois: Leonardo e Zinho). O time ainda tinha Aldair, que viria a ser titular do Brasil nas Copas do Mundo de 1994 e 1998, no banco de reservas.

A campanha, entretanto, demorou a engrenar, parecia que o quarto título brasileiro não sairia. Nos primeiros onze jogos, foram três vitórias, quatro empates e quatro derrotas. O time só engrenou depois de uma sequência de duas vitórias sobre Palmeiras, no Maracanã e Bahia, na Fonte Nova, ambas por 2 a 0. Daí para a frente, venceu quase tudo. Classificado às semifinais em quarto lugar, o rubro-negro enfrentou o Atlético Mineiro, que terminara a primeira fase com a melhor campanha. Venceu por 1 a 0 no Maracanã e foi para Belo Horizonte tentar buscar um resultado que parecia improvável. Com trinta minutos do primeiro tempo, o Flamengo vencia por 2 a 0, gols de Bebeto e Zico. No segundo tempo, o Atlético empatou, e parecia que iria virar. Até que, com pouco menos de quinze minutos para o término do jogo, Zico enfiou uma bola para Renato Gaúcho, que penetrou livre pela intermediária, driblou o goleiro João Leite e sacramentou um heroico 3 a 2. Mengão na final contra o Internacional.

A final seria entre as duas equipes que mais haviam conquistado títulos nacionais até então, cada uma com três troféus. Dali sairia o primeiro clube do Brasil a sustentar quatro títulos nacionais. O primeiro jogo, em Porto Alegre, terminou com um empate por 1 a 1. O duelo final foi no Maracanã, diante de 125 mil torcedores. Bebeto fez, aos dezessete minutos do primeiro tempo, o gol que deu uma vitória magra, por 1 a 0, para o manto vermelho e preto. Mengão tetracampeão!!!!" (A NAÇÃO, pg. 148)

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Influências do Flamengo pelo mundo

Este assunto já foi abordado aqui em Primos do Flamengo pelo Mundo.
 
Em breve haverá um post específico sobre o desempenho dos Primos do Flamengo na temporada 2012: Flamengo de Sucre (Bolívia), Flamengo de Latacunga (Equador), Flamengo de Chiclayo (Peru), Flamengo de Pefiné (Guiné-Bissau), Flamengo de Ngagara (Burundi), Uniao Flamengo Santos (Botswana), Flamengo de Birmingham (Inglaterra) e Bromley Flamengo (Inglaterra).
 
A influência rubro-negra deste post, no entanto, é para destacar o novo segundo uniforme do Celta de Vigo, no Campeonato Espanhol. Merece uma torcida especial da Nação Rubro-Negra nesta temporada! É só ver a comemoração abaixo, de um dos gols do time na Liga Espanhola. Diga-me torcedor da Nação, dá ou não dá vontade de comemorar o gol também?
 
 
O primeiro uniforme do Celta, para quem não sabe, é: camisa azul clara com calção branco e meia azul clara. Os antigos segundo uniformes de temporadas anteriores davam mais destaque a um azul bem escuro. Eis que para esta temporada eles aparecem em vermelho e preto, inclusive nos meiões.
 
 
Este ano o Celta terá apoio da THE RED AND BLACK NATION. Que lhes traiga muita energia positiva!

Para quem não se lembra, desde 2009, outra Red and Black inspirada no Flamengo disputa o campeonato da Coréia do Sul, é o time do Pohang Steelers, com sua camisa rubro-negra.

A camisa vermelha e preta inspirada na do Flamengo disputa o Campeonato Coreano desde a temporada 2009-2010, quando o Pohang Steelers adotou este novo uniforme.


Portanto a energia da NAÇÃO RUBRO-NEGRA que cruze fronteiras e empurre Celta de Vigo e Pohang Steelers, na Espanha e na Coréia.
 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Campeão Brasileiro de 1983

"Para o Campeonato Brasileiro de 1983, Tita foi emprestado para o Grêmio e Nunes para o Botafogo. Peu, que seria outra opção na frente, trocou de rubro-negro, indo jogar no Atlético Paranaense. Foram contratados o ponta Robertinho, do Fluminense, e o centroavante Baltazar, o Artilheiro de Deus.

Ambos chegavam para tentar diminuir a dependência do time só dos gols de Zico. Baltazar havia sido revelado pelo Grêmio, onde jogou de 1980 a 1982. Teve uma rápida passagem pelo Palmeiras, e jogou toda a temporada de 1983 no Flamengo. Em 1984, foi para o Botafogo e daí foi para a Espanha, onde encerrou a carreira, depois de defender o Celta de Vigo e o Atlético de Madrid. Mas, no Flamengo, Robertinho e Baltazar não representaram a solução para o comando de ataque esperada pela diretoria. A solução para a frente acabou vindo das categorias de base, mais uma vez, através dos pés dos pontas Élder e Júlio César Barbosa, o primeiro destro e o segundo canhoto.

Mais uma vez com soluções caseiras, o Flamengo acabou se rearrumando e voltando a conquistar um título brasileiro, o segundo consecutivo e terceiro em sua história. E com uma formação já bastante alterada em relação ao time que lhe dera tantas glórias entre 1980 e 1982. A formação campeã da Libertadores e bicampeã brasileira tinha: Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. A base que venceu o campeonato brasileiro de 1983 ainda era a mesma, mas Mozer, Andrade e Lico haviam perdido a titularidade, e Tita e Nunes já não estavam mais. O time do tricampeonato era: Raul, Leandro, Marinho, Figueiredo e Júnior; Vítor, Adílio e Zico; Élder, Baltazar e Júlio César Barbosa.


O Flamengo começou a embalar rumo ao título na segunda fase, quando venceu o grupo que ainda tinha Corinthians, Guarani e Goiás. Passavam dois às quartas de final. O rubro-negro venceu o grupo e se classificou ao lado dos goianos, e os dois paulistas foram eliminados. Nas quartas de final, eliminou o Vasco com uma vitória por 2 a 1 no primeiro confronto e um empate por 1 a 1 no segundo. O adversário na semifinal foi o Atlético Paranaense. A questão ficou praticamente resolvida logo no primeiro jogo, 3 a 0 no Maracanã. O time estava novamente na final, agora para duelar contra o Santos, de Pita, Paulo Isidoro e Serginho Chulapa. Na primeira partida, vitória por 2 a 1 dos santistas. A finalíssima era no Maracanã, e o Flamengo precisava vencer por dois gols de diferença. O placar foi inaugurado logo com 50 segundos de jogo, gol de Zico. Aos 39 minutos do primeiro tempo, Leandro ampliou. No segundo tempo, a vitória foi sacramentada com um gol de Adílio, aos 23 minutos. O Maracanã mais uma vez explodia de alegria e emoção. Porém, horas depois de levantada a taça, uma bomba: Zico anunciava que o Flamengo o havia vendido para a Udinese, da Itália. Encerrava-se a Era de Ouro". (A NAÇÃO, pgs. 134-135)


Veja tambémPor quê a final entre Flamengo x Santos, em 1983, foi no Maracanã?


Leia aindaEm meio a crise, Flamengo é Campeão de 1983


Veja maisA Temporada do Flamengo em 1983


E veja aindaFicha Técnica - Campeão Brasileiro de 1983



domingo, 16 de setembro de 2012

Quase tudo pronto para a temporada 2012-13 no basquete


O Flamengo já definiu seu grupo para a temporada, como foi adiantado aqui no blog em 14 de junho. O novo técnico José Alves Neto terá três remanescentes da última temporada - Marcelinho, Duda e Caio Torres - dois contratados ao Pinheiros - Marquinhos e Olivinha - dois contratados ao Joinville - Kojo Mensah e Shilton - um contratado ao Limeira - Vítor Benite - um jovem contratado ao Sub 22 do Brasília - Feliciano "Feliz" - e 7 remanescentes do título Brasileiro Sub 22 de 2011: Gegê, Alexandre Paranhos, Luís Otávio Vieira, Diego Marques, Daniel Lorio, Ian Mattos e Léo Medeiros.
 
O primeiro turno do Carioca durará uma semana: 28 de setembro é a estréia contra o Riachuelo, dia 1 de outubro jogo contra o Botafogo e dia 5, tem jogo contra o Tijuca.
 
No dia 3 de outubro, uma partida interessante de se ver no Tijuca Tênis Clube, Flamengo x Brasília farão um amistoso com entrada franca.

Nos dias 15, 17 e 19 de outubro será o returno do Campeonato Carioca (datas passíveis de remarcação) com duelos contra Riachuelo, Botafogo e Tijuca. 
 
Na Liga Sul-Americana, o Flamengo joga em Mar del Plata entre 23 e 25 de outubro. O formato das competições continentais mudou nesta temporada, agora os dois primeiros deste grupo garantem não só lugar na segunda fase da Liga Sul-Americana, como garantem participação na Liga das Américas. Os adversários rubro-negros serão o anfitrião e Tri-Campeão Argentino Peñarol de Mar del Plata, o Campeão Uruguaio Hebraica Maccabi, e o Deportes Castro, campeão do Chile. A estréia é em 23/10 contra os uruguaios (é decisão logo de cara!), depois jogo com os chilenos no dia seguinte e fechando contra o Peñarol, do técnico Sérgio Hernandez, de Facundo Campazzo, Marcos Mata, Léo Gutiérrez e Martin Leiva (quatro feras que jogaram as Olimpíadas pela Seleção da Argentina) e que trocou de americano no plantel (dois conhecidos da torcida do Flamengo): saiu Kyle Lamonte, que será treinado por Gonzalo Garcia no La Unión de Formosa, e entrou David Teague.
 
O time Sub 22 jogará a Liga de Desenvolvimento a partir do dia 7 de novembro em Belo Horizonte.
 
A estréia do Flamengo no NBB é no dia 24 de novembro, contra o Vila Velha, no Espírito Santo. Depois tem Minas Tênis em Belo Horizonte; até o primeiro grande duelo, para fazer tremer o Tijuca Tênis Clube: Flamengo x São José, dia 29 de novembro, uma quinta-feira a noite. O NBB terá desta vez 18 times, sendo 10 de São Paulo, e terá pela primeira vez uma equipe nordestina, o Sky/Basquete Cearense.
 
Retrato do NBB 5, 2012-2013: na minha opinião os 4 times que disputarão o título nesta temporada serão Brasília, São José, Flamengo e Bauru.
 
Brasília manteve a base tri-campeã, ainda son o comando de José Carlos Vidal, e contratou Danilo Pinnock, norte-americano naturalizado que defende a seleção do Panamá e será o primeiro estrangeiro da história do basquete do Brasília. Nezinho, Alex Garcia, Arthur, Guilherme Giovannoni e Lucas Tischer, com Pinnock, Márcio Cipriano e Alirio no banco. O único comentário é: time com média de idade bastante elevada, o que poderá pesar durante a temporada.
 
São José também manteve a base vice-campeã e se reforçou. O técnico Régis Marrelli contará com Fulvio, o norte-americano Andre Laws, Dedé Stefanelli, o espanhol Alvaro Calvo, Jefferson Willian e Murilo Becker. Renovação no banco com a chegada do experiente armador Luiz Felipe Lemes e com o jovem Ícaro. Muito bom time!
 
Bauru vem para a temporada com uma "armada de 4 norte-americanos". Com a naturalização de Larry Taylor, que jogou a Olimpíada de Londres com a Seleção Brasileira, os três estrangeiros do time do técnico Guerrinha serão John Thomas, DeAndre Coleman e Jeff Agba. O time ainda terá os irmãos Fernando e Ricardo Fischer (este último recém contratado ao São José). É um time que dará muito trabalho!
 
Muito perto deste "primeiro pelotão de 4 equipes" e também pronta para dar trabalho estará Uberlândia, agora treinada por Hélio Rubens, que terá Helinho, Valtinho, os norte-americanos Robby Collum e Robert Day, e mais Luiz Felipe Gruber, Lucas Cipolini, Audrei e Léo Waszkiewicz. É um bom time.
 
Franca vem apostando numa garotada, a ser comandada por Lula Ferreira, que será o primeiro técnico sem ligações históricas com Franca a treinar o time na história. O time será liderado pelo argentino Juan Pablo Figueroa, por Guilherme Teichmann e pelo pivô sérvio Vuk Ivanovic. Com eles as promessas do basquete brasileiro: Jhonatan Luz, Jéfferson Soccas, Cauê Borges e Lucas Mariano. A juventude do time faz deles uma incógnita no torneio, mas eu aposto que lutarão para estar nas quartas e nada mais além disso.
 
Limeira, Paulistano e Pinheiros se juntam a Uberlândia e Franca no que eu batizo de "2º pelotão desta temporada".
 
O 3º pelotão tem Palmeiras, Joinville, Minas Tênis, Tijuca e Basquete Cearense. E o último pelotão, dos que não deverão ter forças para brigar nem por Oitavas de Final, terá Liga Sorocabana, Mogi, Suzano e Vila Velha.
 

sábado, 15 de setembro de 2012

Campeão Brasileiro de 1982

Time de 1982: Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. Téc: Paulo César Carpegiani 

"O mesmo grupo vitorioso, mesclando raça, técnica e muita vontade de vencer, chegou à final do Campeonato Brasileiro de 1982 em desvantagem frente ao Grêmio. O Flamengo fazia o primeiro jogo da final em casa, no Rio de Janeiro, e depois iria disputar a finalíssima no estádio Olímpico, em Porto Alegre. Em caso de dois resultados iguais, o Grêmio ainda tinha a vantagem de ser mandante em um terceiro jogo, que também seria jogado em seu estádio. Os gaúchos, campeões nacionais em 1981, pareciam estar muito próximos de faturar o bicampeonato. O time gremista era muito forte, com Leão no gol, o uruguaio Hugo De Leon liderando a defesa, um meio de campo forte – com Batista na contenção – e criativo – com Paulo Isidoro na armação –, e a jovem revelação Renato Gaúcho levando o ataque para frente. Uma equipe fortíssima. Um confronto acirradíssimo. No primeiro jogo, empate por 1 a 1 no Maracanã. No segundo, novo empate, agora sem gols, no Olímpico. As duas equipes foram para o terceiro jogo, também em Porto Alegre. O Flamengo mostrou a força de seu time, muito aguerrido e cheio de talentos. Vitória por 1 a 0, com um gol de Nunes logo aos dez minutos do primeiro tempo. O vermelho e o preto, mais uma vez, tingiam o troféu máximo do futebol nacional.

O clube andava com toda a força. A impressão que se tinha era a de que mesmo se, por um dia, ninguém aparecesse em suas dependências para trabalhar, funcionaria tudo do mesmo jeito. Daria tudo certo. O Flamengo mantinha-se como uma máquina de conquistar títulos.


Foi bicampeão brasileiro em 1982 no primeiro semestre e pentacampeão da Taça Guanabara no segundo. O objetivo do ano, no entanto, escapou: o bicampeonato da Taça Libertadores da América. Como campeão de 1981, o Flamengo estreou direto na segunda fase, e encarou um grupo dificílimo, cujo primeiro colocado estaria na final. O grupo tinha Flamengo, River Plate e Peñarol. O time rubro-negro perdeu por 1 a 0 para o Peñarol em Montevidéu. Em seguida, no entanto, não tomou conhecimento do River Plate, vencendo por 3 a 0 no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, e por 4 a 2 no Maracanã. Estes resultados garantiram-lhe a vantagem do empate no confronto final frente ao Peñarol no Maracanã. Se se classificasse, o Flamengo repetiria a final de 1981 frente ao Cobreloa. A missão parecia estar próxima de ser cumprida. O Maracanã estava absolutamente lotado só de rubro-negros, certos da presença na segunda final de Libertadores consecutiva. Um duro golpe, entretanto, estava por vir no segundo tempo daquela partida, até aonde o jogo se arrastara em um agitado empate sem gols. O time uruguaio fez um gol numa cobrança de falta do brasileiro Jair, ex-jogador do Internacional de 1974 a 1981. A vitória por 1 a 0 pôs o Peñarol na final, frente ao Cobreloa, do Chile, e os uruguaios levantaram o título sul-americano". (A NAÇÃO, pgs. 133-134)



Veja mais: A Temporada do Flamengo em 1982


Veja ainda: Ficha Técnica - Campeão Brasileiro de 1982


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

THIS IS A RED AND BLACK NATION

This is a Red and Black Nation (Esta é uma Nação Vermelha e Preta). Este texto se inspira em A NAÇÃO e os contatos com o autor foram feitos aqui pelo blog. Reproduzo abaixo o artigo publicado num site europeu pelo jornalista Jamie McGregor:
 
 
 
Over an hour before kick-off and the stadium was already awash with flags, banners and fireworks as it rocked to the drums and chants of the Torcidas. I was in Rio for the game known as the Fla-Flu, the derby between Flamengo and Fluminese. While not as big as Vasco vs Flamengo, the excellently named derby of the millions, the Fla-Flu is a game of historical significance. And the pre-match atmosphere was certainly living up to the hype as the two sets of fans took in turns to explode into action.

I had been in Rio for a week and despite finding the city rather intimidating I still found it hard to believe that Brazilian football fans could be anything other than the friendly, happy-go-lucky, attractive girls I was used to seeing dancing on my TV screen during the World Cup. Yet here I stood, surrounded by hordes of sweaty men, women and children. Crammed together like sardines. Decked out in red and black from head to toe. Singing, chanting, banging on drums and waving flags in an almost trance like state. Like an army ready to go to war. My supermodel image of the Brazilian football fan evaporated and the Torcida, with all its colour and passion, quickly took its place.

Who are the Torcida? They are the street vendor, the slum dweller, the student, the bus-driver, the lawyer and the school teacher. They are a mass of ordinary, anonymous people. The sort of people you wouldn't look twice at if you passed them on the street but when they are together in the stadium, they hypnotise you. Without realising you start dancing and singing with them and after a while you stop watching the game and instead watch the Torcida. I had never seen anything quite like it in Europe and I had to admit, it was addictive.

Of all the football clubs in Brazil I had been told Flamengo was the biggest, the most popular and, of course, had the best Torcidas. This was mainly due to the club's huge following amongst the lower classes, a sizeable group in country like Brazil. Then again I had also been told Brazilians like myths and exaggerations, an image not helped by my guide assuring me that all Flamengo fans were from favelas while all Fluminense fans were gay. He was a Botafogo fan.

Nação Rubro Negra or The Red and Black Nation  is how many Flamengo fans refer to themselves. They estimate their numbers, or should that be population, to be something in the region of 34 million, making them not only the largest supported team in Brazil, but the whole world. A quick internet search reveals hundreds of Flamengo related sites, blogs, chatrooms and even dating sites. Inter-club relationships, it seems, are frowned upon. So just how did a club like Flamengo become so huge?

Marcel Pereira is the author of A Nação, a book which attempts to answer that very question. The issue is clearly complicated and Pereira is quick to dismiss the idea that only poor, black people from favelas support Flamengo. In fact, the club has something of an elitist background, having been founded by rich kids from one of Rio's more affluent neighbourhoods. The real reason for the club's popularity, according to Pereira, is rooted in Brazilian history and the symbolism of the city's other clubs.

“At the beginning of the XX Century, Fluminense was associated with the aristocracy. Vasco da Gama was the sign of the Portuguese in Brazil and the memory of the colonialism was still alive. Who could beat the power of the aristocracy and the power of the colonialists? Flamengo was doing it.”

Pereira was also keen to highlight the importance of Rio to explain Flamengo's nationwide appeal.

“The club had the spirit of freedom of the teenagers who founded it. And this spirit was beating the aristocracy and the colonialists. It had been the way to conquer Rio de Janeiro. A way of conquering Brazil. And to understand this process it's necessary to understand the symbol that Rio de Janeiro represented to the country in these moments of Brazilian history. Rio was the capital, the federal district, but was much more. Rio constructed the Brazilian dream of progress and at the same time was a symbol of the Brazilian culture, with Samba and Bossa Nova, an image of the paradise.”

Pereira's views were a real insight and seemed to offer a deeper, historical reason for Flamengo's dominance. At the same time though, a cynic could argue that it was success, not romantic notions of a new Brazil or conquering colonialism that made Flamengo popular. People supported Flamengo because it was a successful club in the same way you can find Manchester United fans throughout England.

For a second opinion I turned to an Englishman, someone not caught up in the passion of being a Flamengo fan. Tim Vickery has been in Brazil since 1994 and knows Brazilian football and society inside-out. Like Pereira, he recognised that Flamengo's popularity owed a lot to history but also pointed out other factors.

“Flamengo is an elite club, who in a stroke of genius acquired the popular touch in the mid 30s. Just after the game professionalised they signed the leading 3 black players of the day - Leonidas (very much the prototype bad boy), Domingos da Guia and Fausto. At the time Rio was still the capital, with radio taking their games all over the country, and millions, especially in the north-east identified with their fortunes. Of course the late 70s early 80s Zico team won over lots of converts with the titles won and the style of its play, but the huge national following comes from the 30s.”

After talking to Pereira and Vickery it was clear that there was a mixture of reasons why Flamengo was so popular and that the usual cliches about race or class were either too simplistic or too romantic. In a country as diverse as Brazil, simple explanations are just not possible. Even about football. And with that I leave the last word to Pereira.

“It's not easy to understand and explain Flamengo, I need 272 pages!”

A huge thanks to both Tim Vickery and Marcel Pereira. More of Tim's work can be found at ESPN, World Soccer, Sports Illustrated and BBC Sport.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Campeão Brasileiro de 1980

"Na primeira fase, os clubes foram divididos em quatro grupos, com dez times cada. Os sete primeiros se classificaram para a segunda fase, à qual entraram outras quatro equipes emergidas da Segunda Divisão. O grupo do Flamengo tinha Santos, Internacional, Ponte Preta, Náutico, Botafogo da Paraíba, Ferroviário (do Ceará), Itabaiana (de Sergipe), Mixto (do Mato Grosso) e São Paulo (do Rio Grande do Sul). O rubro-negro terminou a fase em segundo lugar, atrás do Santos, com cinco vitórias, três empates e uma única derrota, sofrida para o Botafogo da Paraíba, em pleno Maracanã.

Os 32 times na segunda fase foram arrumados em oito grupos de quatro equipes, com os dois primeiros se classificando para a fase seguinte. O grupo do Flamengo tinha ainda Palmeiras, Santa Cruz e Bangu. Com quatro vitórias e dois empates, e com direito a goleada de 6 a 2 sobre o Palmeiras, o rubro-negro venceu o grupo.

Na terceira fase, os dezesseis remanescentes foram divididos em quatro grupos de quatro. O rubro-negro carioca voltou a enfrentar Santos e Ponte Preta, com os quais já havia duelado na primeira fase. O quarto componente do grupo era a Desportiva, do Espírito Santo. Os confrontos diretos com santistas e pontepretanos na primeira fase já havia sido favorável ao plantel carioca, com uma vitória sobre os primeiros jogando em São Paulo, e um empate frente ao segundo no Maracanã. O Flamengo era visto, assim, como o favorito para vencer o grupo, e correspondeu. Com duas vitórias e um empate, o rubro-negro garantiu passagem à semifinal. O Flamengo foi para o confronto semifinal contra o Coritiba e venceu os dois jogos. O primeiro, em Curitiba, por 2 a 0, e o segundo, no Rio de Janeiro, por 4 a 3. Com uma bela campanha, com treze vitórias, seis empates e só a derrota para o Botafogo da Paraíba, o time se habilitou para jogar a final contra o Atlético Mineiro.

O Atlético tinha uma equipe fortíssima: João Leite, Orlando, Osmar, Luizinho e Jorge Valença; Chicão, Toninho Cerezo e Palhinha; Pedrinho, Reinaldo e Éder. Continha três jogadores que foram titulares absolutos na seleção brasileira na Copa do Mundo de 1982, o zagueiro Luizinho, o cabeça de área Cerezo e o ponta-esquerda Éder. A primeira partida da final, disputada no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, terminou 1 a 0 para os mineiros, que viajaram ao Rio de Janeiro, assim, jogando por um empate para levantar o título.

O time rubro-negro jogou o Campeonato Brasileiro de 1980 com: Raul, Toninho, Marinho, Rondinelli e Júnior; Andrade, Carpegiani e Zico; Tita, Nunes e Júlio César; sob o comando de Cláudio Coutinho. Mas o Flamengo lutaria pelo título no Maracanã sem dois titulares, o zagueiro Rondinelli e o meia Carpegiani. Substituíram a eles Manguito na defesa e Adílio no meio.



O rubro-negro abriu o placar na finalíssima, no dia 28 de maio de 1980, diante de 154 mil torcedores que lotavam o Maracanã, logo aos sete minutos do primeiro tempo, com gol de Nunes. Dada a saída para recomeço de jogo, o Atlético imediatamente empatou, no minuto de jogo seguinte à abertura do placar, através de Reinaldo. Antes do intervalo, Zico fez o segundo gol rubro-negro. Mas no segundo tempo, Reinaldo voltou a pôr números iguais na partida. O empate dava o título nacional ao clube mineiro. Até que, aos 37 minutos do segundo tempo, Nunes é lançado pelo lado esquerdo da área. Já quase na linha de fundo, ele consegue desvencilhar-se do marcador e, quase sem ângulo, toca a bola entre o goleiro e a trave atleticana. Gol do Flamengo! O Maracanã explode de emoção. Pela primeira vez em sua história, a Gávea comemorava o título de campeão nacional". (A NAÇÃO, pgs. 126-127)



Veja mais: A Temporada do Flamengo em 1980


Veja ainda: Ficha Técnica - Campeão Brasileiro de 1980


sábado, 8 de setembro de 2012

Livros sobre a História do Flamengo

Há uma série de publicações sobre a história do Flamengo. Entre estes livros sobre o Flamengo, destaco abaixo os meus preferidos.

O marco histórico da literatura sobre o Flamengo é a publicação em 1944 de "Histórias do Flamengo", do jornalista Mário Filho. A primeira edição foi publicada em 1944 pela Editora Pongetti, depois houve novas edições, em 1963 e 1966, pela Editora Gernasa.


A segunda obra crucial foi publicada em 1982 pela Editora Rio. "História do Futebol Brasileiro: Flamengo" trouxe para o público uma série de recortes de jornais contando a história do clube de 1895 até 1981. Um trabalho muito rico, em que destaca-se as diferentes formas ao longo da história de se dar destaque ao futebol.


A obra de arte sobre o Flamengo a seguir é de Ruy Castro: "O Vermelho e o Negro", cuja primeira edição saiu em 2001 pela Editora DBA. Em 2004 foi republicado pela Ediouro. E em 2012 saiu uma 3ª edição, esta publicada pela Companhia das Lestras.


O trabalho seguinte que eu destaco é o "Almanaque do Flamengo", de Roberto Assaf e Clóvis Martins, publicado em 2002 pela Editora Abril.


O destque seguinte para os livros da Editora Maquinária. Três publicações, duas de Paschoal Ambrósio Filho e uma de Roberto Sander. "Os Dez Mais do Flamengo" e "Pentatri" foram publicados em 2009, e no começo de 2010 saiu "6x Mengão".


Foi também pela Maquinária que foi publicado, em novembro de 2010: "A NAÇÃO - Como e por que o Flamengo se tornou o clube com maior torcida do Brasil".


Complementar a estes livros, deliciodsas histórias sobre o Flamengo são contadas em "Meu Maior Prazer", coletânea de entrevistas com ídolos rubro-negros organizada por Carlos Eduardo Mansur e Luciano Cordeiro Ribeiro, e publicada em 2009 pela Editora Leitura, e em "Bíblia do Flamengo", escrito pelo jornalista português Luís Miguel Pereira, e publicado em 2010 pela Editora Almedina.



Em 2011, celebrando os 30 anos da conquista do Mundial interclubes, foram 4 livros com o mesmo título: "1981". Pela Editora Maquinária foi publicado o livro escrito por André Rocha e Mauro Beting. Pela Panda Books foi publicado o livro escrito por Eduardo Monsanto. Pela Editora Livros de Futebol, saiu o livro escrito por Maurício Neves de Jesus. E pela Editora Virtual Books, o livro de Antônio Carlos Meninéa com a relação de fichas técnicas de todas as partidas jogadas naquele ano.


Nestes livros, o melhor da literatura sobre o Clube de Regatas do Flamengo, pode-se encontrar tudo sobre a história rubro-negra.

Para fechar, a obra comemorativa dos Cem Anos do Futebol do Flamengo, livro também publicado pela editora Maquinária. O livro de Paschoal Ambrósio Filho, Arturo Vaz e Celso Júnior: "100 Anos de Raça, Bola e Paixão".


E não pode faltar para completar toda esta narrativa histórica, o registro feito por Eduardo Monsanto em "A Vairada, o milagra em Lima", publicado pela Editora Panda Books em 2020 e que conta a conquista do Bi-campeonato da Libertadores, em 2019. O autor que já havia publicado um livro sobre 1981, escreveu também sobre a épica vitória sobre o River Plate no Estádio Monumental de Lima, no Peru. Um documento inesquecível.





quarta-feira, 5 de setembro de 2012

RENATO GAÚCHO: o Rei do Rio

Carreira: 1983-87 Grêmio, 1987-88 Flamengo, 1988-89 Roma (Itália), 1990 Flamengo, 1991-92 Botafogo, 1992-93 Cruzeiro, 1993 Flamengo, 1994 Atlético (MG), 1995-97 Fluminense, 1997-98 Flamengo e 1999 Bangu (RJ)

Pelo Flamengo, em suas quatro passagens pela Gávea, foram 210 jogos e 64 gols.


"(Em 1987) o Flamengo reforçou esta base com a contratação do ponta-direita Renato Gaúcho, ídolo do Grêmio e herói nas conquistas do tricolor gaúcho da Taça Libertadores da América e do Mundial Interclubes de 1983. Junto a ele, chegaram dois veteranos, Edinho e Nunes". (A NAÇÃO, pg. 146)


"(Em 1990) para o Campeonato Brasileiro, o Flamengo repatriou Renato Gaúcho, de volta da Roma; contratou ao River Plate o atacante Cláudio Daniel Borghi, reserva da Argentina na Copa de 1986; repatriou o ídolo Júnior, comprado ao Pescara, da Itália; contratou o lateral direito Josimar, do Botafogo, titular do Brasil na Copa de 1986; acertou com o veterano zagueiro Márcio Rossini; contratou, ao Goiás, o cabeça de área Uidemar; mais o zagueiro Fernando, do Vasco; e fechou o pacote com o centroavante Nando, do Bangu. O Flamengo ainda roubou o técnico campeão carioca ao Botafogo, Valdir Espinoza. Foi o maior pacote de reforços apresentados de uma só vez pelo Flamengo até então: oito jogadores e um técnico. Não deu certo". (A NAÇÃO, pgs. 153-154)

"Renato Gaúcho permaneceu no clube até o fim da temporada de 1990, mas sem repetir o grande sucesso que havia conseguido em sua primeira passagem, entre 1987 e 1988. Depois trocou o Flamengo pelo Botafogo, onde jogou em 1991 e 1992, fazendo parte do time que perdeu o título brasileiro para o Flamengo. Renato ainda jogou no Cruzeiro (1992/93) antes de uma nova passagem pelo Flamengo, para a disputa do Campeonato Brasileiro e da Supercopa daquele ano. Sua terceira passagem durou só seis meses. Em seguida, ele jogou no Atlético Mineiro (1994) e no Fluminense (1995-1997), quando fez, sobre o Flamengo, o gol de barriga, na final do Campeonato Carioca de 1995. Voltou ao Flamengo em 1997 para uma quarta passagem, que durou um ano (segundo semestre de 1997 e primeiro de 1998). Ficou desempregado no segundo semestre de 1998, e encerrou a carreira disputando o Campeonato Carioca de 1999 pelo Bangu". (A NAÇÃO, pg. 154)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

ZINHO: o Último Ponta-Esquerda

Carreira: 1986-1992 Flamengo, 1993-94 Palmeiras, 1995-97 Yokohama Flugels (Japão), 1997-2000 Palmeiras, 2000-02 Grêmio, 2003 Cruzeiro, 2004-2005 Flamengo, 2005 Nova Iguaçu (RJ) e 2006-07 Miami (EUA).

Pelo Flamengo foram 466 jogos e 65 gols.


"A política, suja como sempre, lançou sombras sobre uma conquista brilhante e maravilhosa. Flamengo, campeão da Copa União de 1987! O Flamengo tinha um timaço, com: Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Edinho e Leonardo; Andrade, Ailton e Zico; Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho. Um time no qual, até aquele momento, só três jogadores não haviam vestido a camisa da seleção brasileira (Leonardo, Ailton e Zinho – porém, dois deles vieram a vestir depois: Leonardo e Zinho). O time ainda tinha Aldair, que viria a ser titular do Brasil nas Copas do Mundo de 1994 e 1998, no banco de reservas". (A NAÇÃO, pgs. 147-148)

"O último ponta-esquerda foi Zinho, que já foi responsável pela transição da função para a posição de “quarto homem de meio de campo” (A NAÇÃO, pg. 260)

Titular da Seleção Brasileira na conquista da Copa do Mundo de 1994. Pelo Flamengo, foi Campeão Brasileiro de 1987 e 1992, Campeão da Copa do Brasil de 1990 e Campeão Carioca em 1986 e 1991.




Zinho voltou ao Flamengo em 2012, desta vez para ocupar o cargo de Diretor Executivo do Futebol.

domingo, 2 de setembro de 2012

ALDAIR: o Príncipe de Roma

Carreira: 1985-1989 Flamengo, 1989-90 Benfica (Portugal), 1990-2003 Roma (Itália) e 2003-04 Genoa (Itália)

Pelo Flamengo foram 183 jogos e 11 gols.


"O Flamengo voltou a revelar uma geração vencedora de grande potencial, entre 1986 e 1987. Neste grupo, emergiram nomes como o goleiro Zé Carlos, o zagueiro Aldair, o lateral esquerdo Leonardo, o cabeça de área Ailton, o meia Zé Ricardo, o centroavante Vinícius e o ponta-esquerda Zinho. Eles levantaram a taça do Campeonato Carioca de 1986". (A NAÇÃO, pg. 170)

"A política, suja como sempre, lançou sombras sobre uma conquista brilhante e maravilhosa. Flamengo, campeão da Copa União de 1987! O Flamengo tinha um timaço, com: Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Edinho e Leonardo; Andrade, Ailton e Zico; Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho. Um time no qual, até aquele momento, só três jogadores não haviam vestido a camisa da seleção brasileira (Leonardo, Ailton e Zinho – porém, dois deles vieram a vestir depois: Leonardo e Zinho). O time ainda tinha Aldair, que viria a ser titular do Brasil nas Copas do Mundo de 1994 e 1998, no banco de reservas". (A NAÇÃO, pgs. 147-148)

"As zagas seguintes, depois que Leandro trocou a posição de lateral direito pela de zagueiro central, também foram para deixar saudade. Primeiro com Leandro e Mozer, entre 1984 e 1985, depois Leandro e Aldair, em 1986, e por fim, Leandro e Edinho, em 1987". (A NAÇÃO, pg. 255)

"Sem diretrizes estratégicas claras, entre os dias de sombra e de extremos, o Flamengo viveu um longo histórico na formação de jovens talentos que saíram do clube a um preço relativamente baixo, muito menor do que passaram a valer depois. Foi assim com Jorginho, Leonardo, Aldair e Djalminha, entre tantos outros. E voltou a se repetir com Adriano, Juan, Júlio César, Felipe Melo..." (A NAÇÃO, pg. 214)